O objetivo é agilizar as buscas a Bruno Pereira e Dom Phillips, desaparecidos desde domingo
A Defensoria Pública da União (DPU) pediu à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (10) a instalação de um gabinete de crise na cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas. A intenção da DPU é agilizar as buscas por Dom Phillips, jornalista britânico e colaborador do jornal The Guardian, e Bruno Pereira, indigenista e servidor licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio).
Até o momento, a PF trabalha em um comitê localizado na capital Manaus, distante mais de 1.100 quilômetros de Atalaia do Norte, destino final de Phillips e Pereira, que estão desaparecidos desde domingo na região.
Além disso, a DPU pediu à PF a participação de indígenas e o reforço nas buscas por ambos, com o argumento de que a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja) indicou que a colaboração de indígenas pode acelerar o processo para encontrar Phillips e Pereira, já que conhecem a área de maneira efetiva.
O órgão também ressalta a necessidade de acompanhamento por um indígena indicado pela Univaja em cada uma das embarcações e aeronaves utilizadas nas buscas.
No documento, a DPU pede que as reuniões do gabinete de crise ocorram todos os dias com os órgãos de segurança pública que participam do trabalho, a exemplo da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, Exército, Marinha, Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Funai e Univaja.
O principal argumento da DPU é que ainda não há uma plena coordenação nas buscas, e que o gabinete de crise traria maior efetividade na procura por ambos. Também foi solicitado, por parte da DPU, o cumprimento da decisão da juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Cível do Amazonas, que na última quarta-feira determinou o reforço nas buscas com o uso de helicópteros, embarcações e equipes de buscas, segundo a DW.