Partidos e candidatos irão investir bastante nas novas estratégias, mas não vão esquecer o contato tradicional
As campanhas majoritárias para as eleições deste ano deverão focar seu maior investimento em internet. Esta é a constatação da doutora em Ciência Política e professora da Uninter Karolina Mattos Roeder, que coordenou uma pesquisa com o objetivo de entender os principais meios de comunicação dos partidos políticos.
Os resultados apontaram que, em 2018, os partidos priorizaram estratégias modernas, ou seja, a internet, o que deverá se repetir também este ano. O tradicional corpo a corpo entre candidatos e eleitores é uma ferramenta essencial no processo da campanha.
A especialista afirma que a tendência de investimento em mídia moderna provavelmente será mantida neste ano, porém, lembra que o corpo a corpo ainda é essencial.
“Vamos ter mais gastos com esse tipo de estratégia moderna, já que a forma de se comunicar mudou. Porém, a maioria da população tem acesso à internet somente por meio de smartphones, com uma internet mediana, ou sem conexão. Essas pessoas não necessariamente verão esse tipo de conteúdo. As propagandas em televisão, rádio e folhetos impressos ainda são importantes para apresentar os candidatos aos seus possíveis eleitores”.
O levantamento ocorreu por meio da coleta das prestações de contas anuais dos partidos políticos de 2018, e a categorização em gastos com comunicação foi classificada em: tradicionais (placas, comícios, materiais impressos e carros de som, viagens, entre outras), e modernas (internet, redes sociais, telemarketing e outras).
“Do total de 32 partidos, 29 utilizam mais estratégias modernas que tradicionais e 14 deles gastaram mais de um terço do total de recursos nessas estratégias, o que é bastante, considerando que há outros gastos importantes para a manutenção de uma organização partidária. Apenas três partidos priorizaram os meios tradicionais de comunicação”, explica Karolina.