O comunicado conjunto divulgado após a reunião entre Joe Biden e Lula da Silva não especifica um valor
Os Estados Unidos pretendem contribuir com o Fundo Amazônia com uma doação inicial de 50 milhões de dólares (R$ 270 milhões), declarou um diplomata brasileiro, nesta sexta-feira (10), sob anonimato, à agência de notícias Reuters, após o encontro entre os presidentes Lula da Silva e Joe Biden na Casa Branca.
O comunicado conjunto divulgado após a reunião não especifica um valor, mas indica que os EUA anunciaram a intenção de fornecer recursos para programas de proteção da Amazônia brasileira, incluindo apoio inicial ao Fundo Amazônia.
O valor oferecido pelos EUA é bem inferior aos cerca de R$ 3 bilhões já aportados pela Noruega e também aos 200 milhões de euros oferecidos recentemente pela Alemanha, no âmbito da visita do chanceler federal Olaf Scholz ao Brasil.
À saída da Casa Branca, Lula disse que não falou especificamente sobre o Fundo Amazônia com Biden, mas sobre a importância de os países ricos financiarem ações de preservação ambiental em países em desenvolvimento.
“Eu queria muito que o presidente Biden participasse na construção de um fundo com todos os países desenvolvidos do mundo para que possamos cuidar melhor do nosso planeta. O que queremos mesmo é extrair da biodiversidade amazônica algo que possa significar uma melhora na qualidade de vida das 25 milhões de pessoas que lá vivem”, destacou.
Mesmo assim, o presidente brasileiro se disse convencido de que os EUA vão participar. “Senti muita vontade [de Biden]. O que posso afirmar é que ele vai participar do fundo amazônico”, declarou Lula.