Hospitais sucateados, falta de médicos e profissionais. Estrutura deficiente, negligência, incompetência
Por Gilmar Corrêa
Nos acostumamos dia após dia ver, ouvir e ler sobre os descalabros no sistema público de saúde do Distrito Federal.
Hospitais sucateados, situações de desespero, doentes em macas, deitados no chão. Superlotação em Unidades de Pronto Atendimento, prontos-socorros que exigem paciência de parentes e pacientes.
A morte escancarada pela falta de médicos, de profissionais qualificados ou por escaladas mal-cumpridas. A morte escondida pela incompetência, pela má gestão, pela interferência política e pela falta de interesse.
A morte estabelecida pela má vontade, por anos a fio de negligência.
A triste realidade do retrato que é visto quando precisamos de atendimento, de consultas, de cirurgias. Fila para a consulta, filas para as cirurgias, filas e mais filas.
A madrugada é longa com horas e horas à espera de atendimento. O choro do bebê com febre alta. As lágrimas das mães diante de um quadro aterrador.
Alguns hospitais que foram referência, se tornaram um depósito de gente em busca de auxílio. Saúde pública virou caos que só as autoridades não reconhecem. Um caos lamentável que leva à morte.
Nas campanhas políticas, as promessas fáceis. Entra governo, sai governo e o retrato abominável da falta de humanidade se transforma para pior.
Não bastam mais os discursos, a promessas pequenas e pontuais.
É preciso uma ação enérgica, urgente urgentíssima no sistema. Precisamos intervir no sistema. Afastar gestores, demitir os incompetentes, valorizar e premiar quem tem compromisso público, cobrar e exigir providências imediatas de quem está no poder.
O drama da população é constante. É preciso dar um basta.
A situação que piora dia após dia é tão triste que nos envergonha. Não se permite mais buscar auxílio. Não podemos mais buscar ajuda médica no Distrito Federal. Não podemos mais ficar doentes.