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Aposentadoria de Lewandowski antecipa corrida para o STF

Ricardo Lewandowski ministro STF Misto Brasília

Ministro Lewandoeski, do Ministério dde Justiça e Segurança Pública/Arquivo

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Ministro vai se aposentar no dia 11 de abril, um mês antes do previsto por “questões pessoais”

Por Misto Brasília – DF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski anunciou hoje (30) que decidiu antecipar sua aposentadoria para 11 de abril. O anúncio foi feito pelo ministro após a sessão desta quinta-feira, a última que ele participou. Atualizado às 7h59

Lewandowski foi nomeado em 2006, durante o primeiro mandato do presidente Lula da Silva, e seria aposentado compulsoriamente em 11 de maio ao completar 75 anos, idade limite para permanência no cargo, divulgou a Agência Brasil.



A formalização da antecipação da aposentadoria foi solicitada à presidente do STF, Rosa Weber. O documento será enviado formalmente à Presidência da República.

Durante entrevista, Lewandowski disse que decidiu antecipar a data por questões pessoais. “Essa antecipação se deve a compromissos acadêmicos e profissionais que me aguardam. Eu agora encerro um ciclo da minha vida e vou iniciar um novo ciclo”, disse.



Com a antecipação, Lula deverá indicar um novo ministro para o Supremo. Antes da posse, o ocupante da nova cadeira deverá passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e votação no plenário da Casa.

A aposentadoria antecipada provocará uma corrida pela disputa da vaga. Entre os cotados para substituir o ministro está o advogado Cristiano Zanin, que atuou como defensor de Lula nos processos da Operação Lava Jato.


No Palácio do Planalto, o comentário é que o escolhido para a indicação do presidente Lula da Silva ()T) é o advogado Cristiano Zanin, que defendeu o petista nos processos relacionados à Operação Lava-Jato.

O próprio Zanin ainda não teve uma conversa definitiva com Lula sobre a eventual escolha de seu nome para a vaga.

Será aberta outra vaga no STF em outubro, com a aposentadoria da presidente da Corte, Rosa Weber. Luís Roberto Barroso, por sua vez, disse a pessoas próximas que pretende antecipar sua aposentadoria para 2025, o que resultaria na terceira vaga de Lula no tribunal. Embora distantes, essas vagas já são alvo de cobiça no mundo jurídico, segundo o Uol.



Os principais conselheiros de Lula para a escolha da vaga no STF são: Flávio Dino, ministro da Justiça; Augusto de Arruda Botelho, secretário nacional de Justiça; Alexandre Padilha, ministro-chefe das Relações Institucionais; Wellington César Lima e Silva, o secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil; e Jorge Messias, e o advogado-geral da União.

Esse grupo tem recebido juristas interessados na vaga. O grupo também tem conversado com aspirantes a ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde duas vagas estão em jogo neste semestre, e a desembargadores dos TRFs (Tribunais Regionais Federais), onde a disputa é em torno de 13 cadeiras, escreveu a colunista Carolina Brígido.


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