Foram contabilizados 2.579 incêndios criminosos e 316 ataques a edifícios públicos, segundo o governo
Mais de mil policiais ficaram feridos nos protestos continuam contra a reforma da Previdência em toda a França, afirmou neste domingo (02.04) o ministro Francês do Interior, Gérald Darmanin.
Em entrevista ao Journal du Dimanche, o ministro disse que 1.093 policiais e bombeiros sofreram ferimentos devido aos atos de violência nas manifestações.
Segundo Darmanin, foram contabilizados 2.579 incêndios criminosos e 316 ataques a edifícios públicos. Ele não forneceu os dados referentes aos manifestantes, mas disse que 36 policiais estão sendo investigados por uso excessivo de força.
???????? França – Aqui é a Normandia, os protestos não se limitam a Paris, estão por todo o país.
Todas as idades, origens, todos contra o sistema.
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— Carlos Salas (@CarlosS93188861) April 2, 2023
O ministro, no entanto, rejeitou acusações de que as forças de segurança tenham, de modo geral, abusado do uso da força contra os manifestantes, e ressaltou que o direito à manifestação não inclui atos de violência.
Os protestos continuam em todo o país e países vizinhos temem que os eventos violentos se propaguem pela Europa.
Ele alega que a polícia interviu somente quando os protestos se tornaram violentos, e que a legitimação do uso da força, “mesmo que de maneira robusta”, se justificaria como reação á violência extrema provocada por “baderneiros profissionais” cujo objetivo seria “destruir propriedades e matar policiais”, registrou a DW.
Há semanas a França vem sendo tomada por protestos, desde que o governo do presidente Emmanuel Macron decidiu impor o aumento da idade para aposentadoria no país, de 62 para 64 anos.
As novas regras estabelecem que a idade de aposentadoria deve aumentar três meses a cada ano a partir de setembro, até atingir o patamar de 64 anos em 2030. A reforma prevê ainda um aumento do tempo de contribuição para que os trabalhadores tenham direito à aposentadoria completa, de 42 para 43 anos.