General do GSI indicado por Lula será convocado pela Polícia Federal

GSI Lula da Silva e Gonçalves Dias
Lula abraça Gonçalves Dias, chefe do GSI do Planalto/Arquivo/Reprodução
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Gonçalves Dias esteve dentro do Palácio do Planalto quando bolsonaristas invadiram a sede do Executivo

A Polícia Federal deverá intimar ainda nesta semana o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, para depor sobre os atos criminosos do dia 8 de janeiro. Veja o vídeo logo abaixo.

O depoimento dele já era considerado indispensável pela PF, no âmbito das investigações, mas a convocação será antecipada por causa das imagens divulgadas com exclusividade pela CNN nesta quarta-feira (19).



Segundo relatos feitos à reportagem, nos 81 depoimentos já coletados de militares sobre os atos de 8 de janeiro, os investigadores já haviam ouvido sobre a suposta negligência de Gonçalves Dias na invasão ao Planalto.

No dia 12 de abril, 81 militares — incluindo três generais — foram à Academia Nacional da PF para depor no inquérito sobre 8 de janeiro. Oito não compareceram, apresentando atestados médicos ou outras justificativas para a ausência, informou a CNN Brasil.

A divulgação das imagens reacendeu discussões, entre aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre uma eventual extinção do GSI.



Interlocutores de Lula da Silva defendem, desde a transição, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a segurança presidencial sob comando da PF sejam alocadas em uma nova secretaria a ser criada diretamente no Palácio do Planalto.

No Congresso Nacional, parlamentares da oposição aproveitam para pressionar pela CPMI do 8 de janeiro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pode instalar a comissão na próxima semana. O Planalto, no entanto, corre para retirar assinaturas do pedido de CPMI.



“As imagens só reforçam e carimbam a necessidade de instalação imediata da CPMI do 8 de Janeiro”, afirma o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), um dos principais defensores da comissão.

“O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fica numa situação bastante delicada se não proporcionar a realização da sessão do Congresso Nacional na próxima semana”, acrescenta Zucco.




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