Novo discurso em torno da guerra aconteceu após críticas dos Estados Unidos e dos países europeus ao presidente brasileiro
Após críticas dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), o presidente Lula da Silva condenou a “violação da integridade territorial da Ucrânia” – embora sem mencionar a Rússia, que iniciou a guerra contra o país vizinho.
No fim de semana, em visita aos Emirados Árabes Unidos, Lula havia acusado os EUA e a Europa de prolongarem o conflito no Leste Europeu.
A declaração gerou reação internacional, com a Comissão Europeia e a Casa Branca rebatendo as críticas feitas pelo líder brasileiro.
Nesta terça-feira (18/04), ao receber o presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis, em Brasília, Lula amenizou o tom e disse que seu governo condena a violação do território, ao mesmo tempo que defende “uma solução política negociada para o conflito”.
O presidente voltou a defender a criação “urgente” de um grupo de países capazes de mediar o fim da guerra, “que tente sentar-se à mesa tanto com a Ucrânia como com a Rússia para encontrar a paz”.
Lula disse ainda que expressou ao líder da Romênia, país que faz fronteira com a Ucrânia, sua preocupação com as consequências da guerra, “que extrapolam o continente europeu”.
“Reiterei minha preocupação com as consequências globais desse conflito em matéria de segurança alimentar e energética, especialmente sobre as regiões mais pobres do planeta”, afirmou o petista.
Apenas um dia antes, na segunda-feira, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, havia viajado ao Brasil, onde se reuniu com seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, e com Lula, registrou a DW.