Reforma tributária e flores no cano do fuzil

Plenário da Câmara votação Misto Brasil
Plenário da Câmara em votação da regulamentação da reforma tributária/Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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O Brasil cria um posto de valor agregado na reforma que começa a ser testado em 2026 e vai funcionar bem até 2033

Por Genésio Araújo Júnior – DF

Quando cheguei ao final dos anos de 1990 em Brasília, carreguei a pasta de Mussa Demes, o mais longevo relator da reforma tributária no Brasil. Daquela época, quem está na ativa é o empolgado reformista deputado Luiz Carlos Hauly (Pode-PR).

A Câmara aprovou a mais importante regulamentação da reforma tributária que vai à sanção presidencial.

O Brasil cria um posto de valor agregado que começa a ser testado em 2026 e vai funcionar bem até 2033. Na prática não se vai pagar atributos pela cesta básica.

Algumas coisas que você paga vai receber de volta. Carnes peixes e queijos não vão pagar. Muita coisa boa vem aí.

Hoje se paga em torno de 33% de tributo sobre o PIB e vamos pagar algo em torno de 26,5%. É um carro novo que não sabemos como vai funcionar mas que é melhor do que você anda hoje assim. Há quem diga que é uma revolução liberal num país social democrata.

Todos os grandes partidos ao longo da redemocratização ajudaram nessa obra até o bolsonarismo que fez com que as armas pagassem menos que flores.

Lembrei das imagens do fotógrafo Baird Boston, de jovens colocando flores em canos de fuzis, numa manifestação de guerra em Washington nos anos de 1960.Nossa revolucionária reforma tributária (1:36) não muda a mania do mundo.

Prefiri fazer mais guerra que amor.

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