General afirma que não recebeu relatório de inteligência

CPI dos Atos Antidemocráticos general Gonçalves Dias Misto Brasília
General da reserva Gonçalves Dias durante depoimento na CPI na Câmara Legislativa/Reprodução vídeo
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Gonçalves Dias prestou depoimento na CPI da Câmara Legislativa e disse que não facilitou a invasão no Palácio do Planalto

Por Misto Brasília – DF

O general da reserva Gonçalves Dias negou que tenha facilitado a invasão no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Ele era o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e responsável pela segurança do prédio e também do presidente da República.

No depoimento que presta hoje (22) à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa, o militar também negou que tenha recebido um boletim de inteligência sobre a situação dos manifestantes. Gonçalves Dias sugeriu que um documento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi adulterado.

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Ele afirmou que dois documentos foram apresentados e num deles o ex-ministro aparece como “difusor” das informações. No segundo documento, encaminhado ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Militar, na coluna do “difusor”, não aparecem os nomes dele ou do GSI.

Gonçalves Dias afirmou que “nunca participei de nenhum grupo ou de e-mail” de troca de informações. E garantiu que a Abin não passou nenhum relatório.

Não adulterei e não fraudei documento”, garantiu. Ele disse aos deputados distritais, que quem foi responsável pela redação de documento, foi o diretor adjunto da Abin.

Ele confirmou que chegou no Palácio do Planalto entre 14/14h30 e, segundo ele, percebeu “vulnerabilidade extremamente grande”. E disse que “não serviu água para ninguém. Todo o quarto piso foi preservado”.

Sobre a sua participação no evento, o general da reserva garante que “o que circula nas redes [sociais] é uma falácia”. Ele informou que a ordem era retirar os manifestantes e leva-los para o segundo andar, onde foram efetuadas 182 prisões.

Gonçalves Dias  disse que as escalas de serviço para a segurança do Palácio do Planalto seguiram um padrão já existentes e foram elaboradas pela Secretaria de Coordenação de Segurança, através do coronel Garcia. Estavam escalados 54 agentes , mas 38 de prontidão no Batalhão de Guarda Presidencial (BGP) e um adicional de prontidão de 376 agentes de uma companhia de fuzileiros.

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