George Washington ficou a maior parte do tempo calado e disse que veio a Brasília para fazer manutenção em armamento
Por Misto Brasília – DF
Na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, George Washington de Oliveira, manteve-se a maior parte do tempo calado. Ele foi depor hoje (29) na CPI dos Atos Democráticos da Câmara Legislativa.
É o segundo depoimento dele em menos de uma semana. Ele esteve na CPMI de 8 de janeiro quando também pouco acrescentou às investigações. George já foi condenado pela justiça a nove anos pela tentativa de terrorismo ao colocar uma bomba num caminhão lotado de querosene de aviação. O sistema chegou a ser detonado, mas não explodiu.
O Misto Brasília transmitiu ao vivo o depoimento
Nas poucas respostas que deu aos integrantes da CPI, ele revelou que esteve na capital em 30 de agosto de 2022 para uma reunião no Ministério da Infraestrutura do governo Bolsonaro. Veio, segundo ele, para tratar de um programa do governo para motoristas de caminhão.
George Washington disse também que trouxe um arsenal de armamentos e explosivos do Pará com a intenção de fazer manutenção de fuzis e pistolas. O depoente também afirmou à CPI que esteve no acampamento golpista em frente ao QG do Exército apenas para “observar o movimento”.
Segundo a Agência CLDF, as afirmações de George Washington à CPI não condizem com o depoimento prestado à Polícia Civil, assinado por ele próprio, e que embasou sua condenação por tentativa de atentado terrorista.
Diante da contradição, o presidente da CPI, deputado distrital Chico Vigilante (PT), determinou a leitura integral do depoimento de George Washington à Polícia Civil para que fosse anexado à ata da reunião da comissão.
Nele, o criminoso afirma ter pegado em armas depois de ouvir o então presidente Jair Bolsonaro defender o armamento de seus militantes. George Washington também disse aos policiais civis que a intenção do atentado era provocar as Forças Armadas para que tomassem o poder no país.