Senadora Leila Barros foi na região recolher as reclamações dos moradores. Há relatos de doenças entre a população

Por Misto Brasília – DF

A situação do rio Melchior é bastante grave, avalia a senadora Leila Barros, a partir de relatos dos moradores. A população reclama de problemas de saúde, como febre, dor de cabeça, diarreia e mal-estar. Entre Samambaia e Ceilândia, Sol Nascente e Pôr do Sol, o rio recebe 40% da carga de esgoto do Distrito Federal.

O curso d’água de 25 quilômetros é também local de despejo de chorume do aterro sanitário, além de efluentes não tratados resultantes de processos industriais e agrícolas, entre outros.

A parlamentar que presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, esteve no local para ouvir as pessoas. Além disso, reuniu dados técnicos da Universidade de Brasília (UnB) que tem coletado informações da poluição do rio. Relatos dos moradores indicam que as margens do rio estão cobertas por lodo preto.

“As denúncias são muito graves. Os moradores da região não têm a quem recorrer e se a situação não for resolvida teremos prejuízos para toda população do DF. O rio Melchior deságua no Corumbá IV, um sistema de captação e tratamento de água que abastece as torneiras de mais de 1,3 milhão de moradores do DF e do Entorno”. Leila Barros quer fazer uma audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado.

Numa audiência pública realizada na Câmara Legislativa, os representantes da Caesb, Adasa, SLU, Secretaria do Meio Ambiente e Instituto Brasília Ambiental (Ibram) relataram atividades fiscalizatórias e os investimentos para melhorar o tratamento dos esgotos que são lançados no Rio Melchior, com a consequente redução dos impactos ambientais. Diretor da Caesb, Carlos Eduardo Borges ainda elogiou a ação dos ambientalistas “que nos propicia buscar soluções”.