A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica
Por Misto Brasília – DF
A Polícia Civil do Distrito Federal informou em nota, há pouco, que a Operação Nexum é para reprimir crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal.
O personagem mais conhecido nesta operação, é o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan. Ele é alvo de dois dos cinco mandados de busca e apreensão. Um deles é cumprido em Brasília e outro em Balneário Camboriú.
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O Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado informou que o principal alvo da operação, e mentor do esquema, coleciona registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso. A polícia não divulgou o nome, mas trata-se de Maciel Alves de Carvalho, amigo pessoal de Jair Renan.
Ele já foi alvo de duas operações da Polícia Civil, em que se apurou a ocorrência de crimes tributários praticados por uma organização criminosa especializada em emissão ide notas fiscais. E na Operação Falso Coach, que apurou o uso de documentos falsos para o registro e comércio de armas de fogo e a promoção de cursos e treinamentos de tiro por meio de uma empresa em nome de um “laranja”.
Naquela ocasião, Miguel foi preso em flagrante, nesta ação policial, por posse irregular de arma de fogo.
De acordo com a polícia, através de materiais apreendidos nas operações anteriores, foi iniciada uma nova investigação, na qual se revelou até o momento um esquema de fraudes com crimes de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, com o objetivo final de blindar o patrimônio dos envolvidos.
A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, “testa de ferro” ou “laranja”, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas “fantasmas”, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas.
De acordo com os elementos de prova, o principal investigado e um de seus comparsas fizeram nascer a falsa pessoa de Antonio Amancio Mandarrar, cuja identidade falsa foi usada para abertura de conta bancária e para figurar como proprietário de pessoas jurídicas na condição de “laranja”.
Os policiais civis descobriram que os investigados forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, utilizando-se para isso de dados de contadores sem o consentimento destes, inserindo declarações falsas com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, bem como mantêm movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior.