Só o fabricante japonês YKK produz cerca de 1,5 bilhão de unidades por ano. A patente foi obtida em 1893
Por Misto Brasília – DF
Apesar de todas as adversidades, moda vai, moda vem o zíper ou fecho ecler continua defendendo seu status não oficial de última palavra em moda, e isso diz muito, num mundo cheio de invenção e sede de otimização, 130 anos após o registro da patente dessa invenção.
Datam da década de 1850 as primeiras tentativas de lançar no mercado um fecho de roupa ininterrupto. Mas as criações enferrujavam, abriam-se involuntariamente, eram difíceis de usar e também demasiado caras, anota a Agência DW.
O caixeiro viajante americano Whitcomb Judson conseguiu aperfeiçoar o dispositivo em 1890, obtendo a patente em 29 de agosto de 1893. Logo depois apresentou seu “clasp locker” na Feira Mundial de Chicago, como substituto dos longos cadarços das botas. Infelizmente nem todo mundo achava tão laborioso amarrar os sapatos quanto Judson, e sua invenção esbarrou em desinteresse generalizado.
Só dez anos mais tarde Judson e um parceiro ousaram tentar novamente, com tecnologia melhorada. Outros engenheiros, também na Europa, deram continuidade à ideia e a otimizaram. Quando o mecanismo finalmente pôde ser produzido em série, os militares dos EUA estiveram entre os primeiros compradores em atacado, e durante a Primeira Guerra Mundial o zíper foi integrado aos uniformes e equipamentos dos soldados.
No 130º aniversário de sua patente, o fecho ecler é uma grandeza plenamente estabelecida em todo o mundo. Só o fabricante japonês YKK produz cerca de 1,5 bilhão de unidades por ano.
O zíper tem algo de filosófico: sua perfeição possivelmente está na imperfeição: é um companheiro natural que raramente se valoriza conscientemente ou sequer se nota – atém que ele emperra. Pena que seja assim. Feliz aniversário, querido zíper!