Blogueiro disse que não sabia da bomba e que foi enganado pelos colegas

CPI dos Atos Democráticos Wellington Macedo de Souza Misto Brasília
Wellington Macedo de Souza durante depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos/Arquivo/Divulgação/CLDF

Wellington Macedo de Souza presta depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos. Ele disse que foi vítima de uma “trama diabólica”

Por Misto Brasília – DF

O blogueiro Wellington Macedo de Souza falou na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa. Ele disse que não sabia que estava levando uma bomba para explodir um caminhão de combustíveis e que foi “vítima de uma trama diabólica”. Na CPMI de 8 de janeiro, no Congresso, ele ficou calado.

O bolsonarista que foi condenado pela tentativa de explosão do caminhão, disse que foi enganado ´por Alan Diego dos Santos, que botou o pacote com os explosivos no veículos. Segundo Wellington, ele ficou “apavorado” quando soube dos explosivos e que havia uma outra mochila no carro dele e que poderia conter outros explosivos.

Aos deputados distritais, o bloqueiro falou para Alan que tinha tornozeleira eletrônica e que todo o percurso estava sendo monitorado pela polícia.

A trama, segundo ele, foi arquitetada por Alan e George Washington de Oliveira. A versão apresentada pelo condenado não foi crível, segundo os distritais que participam da CPI.

“Sou vítima de uma trama criminosa e diabólica de dois homens que eu não conhecia, que eu não tinha nenhuma ligação política nem profissional. Por ter um coração bom, eu, inocentemente, não percebi que eu estava caindo nessa trama”.

Ele informou que, ainda pela manhã, havia deixado sua esposa no aeroporto e, ao voltar para casa, recebeu uma mensagem que pedia que ele desse outra carona a um dos manifestantes ao aeroporto novamente.

Macedo então se dirigiu ao acampamento e foi apresentado a Alan Diego, que carregava uma mala e uma sacola. Ele afirmou que Alan parecia nervoso e que pediu que parasse em alguns locais antes de chegar ao destino, registrou a Agência CLDF.

Informações da tornozeleira eletrônica de Wellington confirmam que eles passaram pela rodoviária do Plano Piloto e pelas regiões administrativas de Samambaia e Taguatinga. Posteriormente, investigações apontaram que os investigados chegaram a cogitar instalar a bomba na subestação de energia de Samambaia.

Ao chegarem ao aeroporto, ele contou que Alan não quis descer do carro e que os dois passaram a rodar por diversos pontos de Brasília. Foi então que, já próximo das 3 horas da madrugada, retornaram ao aeroporto, momento em que Alan teria avistado o caminhão de combustíveis e pedido para que ele estacionasse o carro ao lado.

Wellington afirmou à Comissão que participou dos acampamentos bolsonarista na frente do QG do Exército, em Brasília, apenas como profissional de imprensa. Ele disse que à época era correspondente do jornal Folha de São Paulo e que mantinha contato com os acampados em buscar de pautas jornalísticas para suas matérias.

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