Wellington Macedo de Souza esteve na audiência da comissão nesta quinta-feira e parlamentares disseram que foi perda de tempo
Por Misto Brasília – DF
Sem firmar compromisso de dizer a verdade, o blogueiro Wellington Macedo de Souza, recentemente preso no Paraguai e já condenado a seis anos de prisão por participar do atentado a bomba próximo ao aeroporto internacional de Brasília, negou-se a responder às perguntas dos parlamentares.
Ouvido nesta quinta-feira (21) pela CPMI do 8 de Janeiro, o extremista disse que colaboraria se seus advogados tivessem “acesso às acusações”.
Para a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e parlamentares da base governista, as mensagens que fazem parte da denúncia efetuada pela Procuradoria Geral da República (PGR) indicam que o acampamento de bolsonaristas em frente ao Quartel General do Exército (QG), em Brasília, era um espaço de planejamento de atos terroristas.
Os parlamentares de oposição classificaram o depoimento de “perda de tempo” e reforçaram o pedido para ouvir pessoas relacionadas a possíveis omissões no âmbito do governo federal na proteção ao Planalto no dia dos ataques aos Poderes da República.
Em mensagens exibidas por Eliziane Gama, conversas entre Wellington Macedo de Souza e George Washington de Oliveira Sousa, também condenado à prisão pela tentativa de atentado a bomba na véspera do Natal de 2022, havia pedidos e orientações para que Colecionadores,
Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) fossem treinados e acionados para as manifestações golpistas. Ainda na avaliação da relatora, os atos que ocorreram em dezembro de 2022, como a tentativa de invasão ao hotel, em Brasília, onde o então presidente eleito, Lula da Silva, estava hospedado (5/12); o ataque à sede da Polícia Federal (12) e a tentativa de explodir um caminhão-tanque junto ao aeroporto Juscelino Kubistchek (24/12), foram todos gestados e planejados dentro do acampamento junto ao QG do Exército, em Brasília, informou a Agência Senado.