Congresso rejeita veto e derruba o marco temporal das terras indígenas

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O Marco Temporal é uma proposta que agrada o setor de agronegócios/Arquivo
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Para serem consideradas terras ocupadas tradicionalmente deverá ser comprovado objetivamente que elas eram habitadas

Por Misto Brasil – DF

O Congresso Nacional rejeitou o veto do presidente da República, Lula da Silva, e derruba projeto de lei do marco temporal das terras indígenas (PL 490/07). Os trechos serão incorporados à Lei 14.701/23. Foram 321 votos contra o veto 137 a favor, na Câmara. No Senado, a votação foi de 57 para o sim e 19 para a manutenção do veto.

Esta foi a segunda derrota do governo na sessão desta tarde do Congresso Nacional. Na votação anterior, os congressistas derrubaram o veto à desoneração da folha de pagamento.

Embora já julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o marco temporal definido pelo projeto restringe a demarcação de terras indígenas àquelas já tradicionalmente ocupadas por esses povos em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da nova Constituição federal, informou a Agência Câmara.

Para serem consideradas terras ocupadas tradicionalmente deverá ser comprovado objetivamente que elas, na data de promulgação da Constituição, eram, ao mesmo tempo, habitadas em caráter permanente, usadas para atividades produtivas e necessárias à preservação dos recursos ambientais e à reprodução física e cultural.

Vários outros pontos vetados do texto também foram reincorporados à lei. Entre eles: proibição de ampliar terras indígenas já demarcadas; adequação dos processos administrativos de demarcação ainda não concluídos às novas regras; e nulidade da demarcação que não atenda a essas regras.

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