Catadoras de materiais recicláveis defendem em Brasília pagamento fixo

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Cooperativas trabalham com o lixo reciclado e separado no Distrito Federal/Arquivo
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A categoria reúne em Brasília representantes de todo o Brasil para discutir oportuidades de trabalho e direitos

Por Alex Rodrigues – DF

O presidente da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), Roberto Rocha, defendeu que além de continuarem revendendo o material que coletam, os catadores de material reciclável passem a receber um pagamento fixo mensal, pelos serviços sociais e ambientais que prestam à sociedade.

A proposta do movimento é que as prefeituras custeiem a atividade, com a participação da iniciativa privada.

A associação e o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) abriram, em Brasília, nesta quarta-feira, a 10ª Expocatadores. O evento reúne empresários, gestores públicos, ambientalistas e ativistas sociais para debater os rumos da gestão de resíduos sólidos e da reciclagem no país.

Cerca de 2 mil pessoas devem participar do encontro ao Estádio Mané Garrincha, até a próxima esta sexta-feira (22).

“Ajudamos a recuperar todo o tipo de material reciclável; contribuímos com [a preservação] ambiental, e não recebemos [do Poder Público] nenhum pagamento por este trabalho”, disse o presidente da Ancat.

“Nossa proposta é que as prefeituras passem a pagar pelo serviço de limpeza. Que contratem cooperativas de catadores para que estas prestem um serviço de coleta seletiva e possam, com isso, complementar os ganhos dos trabalhadores que, hoje, vivem apenas com o pouco que recebem com a venda do material reciclável. E que a iniciativa privada, as fabricantes de embalagens agreguem valor à cadeia dos catadores e catadoras através da logística reversa, da economia circular”, defendeu.

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) anunciou, também nesta quarta-feira, o investimento de R$ 19,3 milhões para o fortalecimento de cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

Essa verba também será usada na proteção da população em situação de rua. Segundo a pasta, os repasses serão feitos por meio de três editais coordenados pela Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (SNDH).

A expectativa é de que os certames sejam publicados na página do MDHC ainda na primeira semana de janeiro de 2024.

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