Falha global em sistemas de computação afeta serviços e voos

Aeroporto de Guarulhos SP Misto Brasil
Detalhe de parte do Aeroporto de Guarulhos, que passará por reformas/Arquivo/Divulgação
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Haviam sido registrados picos repentinos de incidentes em sites que utilizam aplicativos da Microsoft

Por Misto Brasil – DF

Uma falha global em sistemas de computação em nuvem está interferindo com a comunicação pela internet em vários pontos do mundo nesta sexta-feira (19), afetando diversos serviços, inclusive de transportes, saúde, finanças, telecomunicações e mídia, informou a DW junto com outras agências internacionais.

De acordo com o website que monitora distúrbios técnicos Downdetector, desde a noite véspera, haviam sido registrados picos repentinos de incidentes em sites que utilizam aplicativos da Microsoft.

Contrariando os temores iniciais, fontes do governo britânico adiantaram que os distúrbios não estão sendo tratados como um ciberataque.

“Chegou ao nosso conhecimento um problema impactando máquinas virtuais operando no Windows, empregando o agente Falcon da Crowdstrike que podem encontrar um bug check (BSOD) e ficar emperradas num estado de reinicialização.” A Microsoft estaria “atualmente investigando opções potenciais que os usuários da Azure podem adotar para remediação”.

Segundo a agência de notícias Reuters, a companhia global de cibersegurança Crowdstrike enviou alerta aos clientes de que seu software Falcon Sensor estaria causando o colapso total do sistema operacional Microsoft Windows, resultando na famigerada “Blue Screen Of Death” (tela azul da morte, BSOD). O alerta incluía instruções para contornar manualmente a falha.

Como é comum todo um setor de atividades adotar os mesmos softwares em peso, falhas de TI tendem a paralisar um grande número de empresas simultaneamente.

Em 2021, um ciberataque à operadora americana de TI Kaseya se fez sentir até na Suécia, onde a cadeia de supermercados Coop foi forçada a fechar quase todas suas filiais.

Paralisações em escala global

Os presentes problemas se manifestaram inicialmente nos Estados Unidos – onde várias companhias aéreas cancelaram todos os seus voos –, disseminando-se depois por outros continentes.

Entre as empresas aéreas que foram forçadas a suspender o funcionamento estão a Air France, a holandesa KLM e as de baixo custo Eurowings e Ryanair. A Lufthansa teria sido apenas “levemente” afetada.

Na Alemanha o aeroporto de Berlim (BER) vai retomando só gradualmente os voos. Na Espanha as panes provocaram irregularidades nos sistemas da estatal Aena e nos aeroportos da administra, os quais alertaram para atrasos.

Na Austrália, uma interrupção técnica de grande escala afetou várias empresas, segundo o departamento nacional de cibersegurança. A rede ferroviária do Reino Unido também sofreu interrupções, assim como a emissora Sky News. Diversos canais de TV da França ficaram fora do ar.

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