A Bolsa de Valores de São Paulo, que tinha alta, mudou de sinal e passou a cair 1,08%, indo a 126.024,55 pontos
Por Misto Brasil – DF
As ações da B3 seguiram o movimento de queda das bolsas norte-americanas, com destaque negativo para os papéis da Embraer, Petrobras e Vale nesta sexta-feira (02).
A instabilidade externa, combinada com a manutenção das altas taxas de juros, continua a pressionar o mercado financeiro local, com impactos diretos sobre a inflação e o crescimento econômico.
Por volta de 14 horas, a moeda americana desvalorizou 0,38%, indo a R$5,713.
Após se aproximar dos R$ 5,80 na manhã, a moeda perdeu força ante o real e fechou em baixa, acompanhando o recuo no exterior, em meio à perspectiva de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) poderá promover um corte maior de juros em setembro.
O dólar comercial fechou a R$ 5,709 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento DOLc1 tinha baixa de 0,74%, a R$ 5,729.
Na véspera, o dólar à vista atingiu sua maior cotação de fechamento desde 21 de dezembro de 2021, a R$ 5,736 na venda. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,93%.
A Bolsa de Valores de São Paulo, que tinha alta, mudou de sinal e passou a cair 1,08%, indo a 126.024,55 pontos. Existe uma preocupação no mercado de que os juros americanos tenham ficado em um alto patamar por muito tempo e que isso traga recessão para a maior economia do mundo.
A alta do dólar é impulsionada por fatores internacionais, como o acirramento das tensões no Oriente Médio e a contração econômica nos EUA, aumentando a aversão ao risco e a busca por ativos seguros.
Internamente, a manutenção da Selic em 10,50% pelo Copom sem sinalizações claras para o controle de gastos públicos e a pressão inflacionária também pesam sobre o câmbio.
A desvalorização do real é acentuada pela falta de uma política fiscal sólida e as expectativas de juros altos.