Como estão as bandeiras dos Estados Unidos na Lua

Lua bandeira americana Missão Apolo 16 Misto Brasil
John W. Young, da missão Apollo 16, em 1972, acena para a câmera/Arquivo/Nasa
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Ao contrário do que muitos possam imaginar, pelo menos metade delas ainda está de pé, desafiando o implacável ambiente lunar

Por Misto Brasil – DF

Há mais de meio século, os astronautas do programa Apollo, da Nasa, levaram para a Lua um símbolo do patriotismo americano, eternizado nas imagens dos primeiros homens a pisarem no satélite natural da Terra: a bandeira dos Estados Unidos.

No total, ao longo de seis missões bem-sucedidas entre 1969 e 1972, seis bandeiras foram cravadas na superfície lunar, deixando uma marca visual na história da exploração espacial. Mas o que aconteceu com essas bandeiras ao longo do tempo?

Ao contrário do que muitos possam imaginar, pelo menos metade delas ainda está de pé, desafiando o implacável ambiente lunar. Isso é sabido graças ao Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da Nasa, que capturou imagens que mostram as sombras das bandeiras das missões Apollo 12, 16 e 17.

No entanto, nem todas as bandeiras tiveram a mesma sorte. A bandeira da Apollo 11, a primeira hasteada por Neil Armstrong e Buzz Aldrin em 20 de julho de 1969, parece ter caído.

Aldrin revelou ter visto ela tombar devido à onda de choque causada pela decolagem do módulo lunar. Quanto às bandeiras das missões Apollo 14 e 15, o destino é incerto, com imagens inconclusivas sobre o seu estado atual.

Independentemente de as bandeiras permanecerem de pé, elas não estão intactas – o que não seria diferente na superfície da Terra se ficassem tanto tempo hasteadas. Mas na Lua a ação do tempo é ainda maior, por falta de uma atmosfera.

Especialistas acreditam que as bandeiras, feitas de náilon comum, passaram por uma transformação dramática: a intensa radiação solar provavelmente as deixou completamente brancas.

“O náilon da bandeira provavelmente se degradou como resultado da exposição prolongada à luz solar”, disse Anne Platoff, bibliotecária e historiadora da Universidade da Califórnia ao Space.com.

Além do branqueamento, as bandeiras enfrentam outras ameaças. O bombardeio constante de micrometeoritos e as flutuações extremas de temperatura entre o dia e a noite lunar podem ter deixado os tecidos quebradiços e rasgados. (Texto da DW)

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