Projeto de anistia para os invasores ficou para depois das eleições

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Sessão da CCJ que analisou a anistia aos invasores dos Três Poderes/Arquivo/Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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Pela falta do voto da maioria da Comissão de Constituição e Justiça, análise da constitucionalidade acabou não sendo discutida

Por Lucas Pordeus León – DF

O projeto de lei (PL) que concede anistia aos condenados nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023 não entrou na pauta de votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desta quarta-feira (11), conforme havia prometido a presidente da CCJ, a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC).

No dia de ontem, a análise do projeto foi suspensa, porque começou a sessão do Plenário da Câmara. O regimento da Casa proíbe que as comissões deliberem enquanto há sessão no plenário. A suspensão da CCJ revoltou os deputados favoráveis à anistia.

Como a pauta desta quarta-feira (11) já estava fechada, a estratégia era incluir o PL da anistia como extrapauta. Mas, para isso, seria necessário ter o voto da maioria absoluta da comissão, o que não ocorreu.

“Infelizmente, no dia de hoje, nós estamos vendo que a anistia está sendo utilizada para barganhas políticas”, disse a presidente da CCJ, Caroline de Toni, acrescentando que a pauta deve voltar à Comissão em outubro, depois das eleições.

O relator da matéria, deputado Rodrigo Valadares (União-SE), também lamentou. “Estamos vendo, desde o dia de ontem, uma manobra do governo, da esquerda, uma manobra de várias pessoas. Estamos sofrendo todo tipo de obstrução, de retaliação”, reclamou.

Deputados favoráveis ao PL da anistia, inclusive o relator, tem condicionado o apoio a qualquer candidato à presidência da Câmara, em eleição prevista para 2025, ao compromisso com o PL da anistia.

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