“Chuva preta” pode atingir Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul

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Chuva acima da média está prevista em várias regiões/Arquivo/Fernando Frazão/Agência Brasil
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Os meteorologistas explicam que a mistura da fuligem causada pelas queimadas e a umidade da frente fria pode causar o fenômeno

Por Pedro Peduzzi – DF

A chegada de uma nova frente fria na Região Sul, associada à presença em larga escala de fuligem na atmosfera, pode ocasionar um fenômeno conhecido como “chuva preta” em algumas localidades do sul e sudeste do país.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta que essa água pode apresentar contaminantes, não sendo, portanto, adequada ao consumo e prejudicial ao meio ambiente.

Segundo o Inmet, a chuva preta deve atingir principalmente Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, mas pode se estender a outras áreas, na medida em que vá avançando para o sul de Mato Grosso do Sul e para o Sudeste.

Os meteorologistas explicam que a mistura da fuligem causada pelas queimadas no Brasil, com a umidade oriunda da frente fria vinda da Argentina e do Paraguai, tende a causar o fenômeno – uma espécie de lavagem das sujeiras que subiram à atmosfera, despejando todo esse material na superfície, afetando solo, rios e vegetações.

Os próximos dias serão de chuvas na Região Sul, deslocando-se para áreas de São Paulo e do extremo sul da Região Centro-Oeste. A área central do país, no entanto, permanecerá apresentando altas temperaturas e clima seco, meteorologista do Inmet, Heráclio Alves.

A frente fria ficará mais intensa e se estenderá ao Paraná e ao sul de Mato Grosso do Sul. “Em Santa Catarina, esse aumento de intensidade ocorrerá a partir de sábado, e no domingo ela afetará o sul do Paraná e de Mato Grosso do Sul”, acrescentou o meteorologista.

Nas demais regiões do país, predominará a massa de ar quente e seco. O céu terá poucas nuvens. “Essa nebulosidade reduzida representa muito pouca chance de chuvas no miolo central do país, que terá temperaturas elevadas de 41 graus Celsius (ºC) em algumas áreas do Centro-Oeste e do norte brasileiro”, disse Alves.

“Teremos, além de temperaturas altas, índices muito baixos de umidade, podendo chegar a menos de 15% em algumas localidades. Esse ar seco e quente no miolo central se manterá durante a semana”.

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