O ataque na região sul do país deixou pelo menos 492 mortos, incluindo 35 crianças, e 1,6 mil feridos nesta segunda-feira
Por Misto Brasil – DF
O maior e mais mortal ataque aéreo de Israel contra o Líbano em quase um ano da escalada do conflito na região deixou pelo menos 492 mortos, incluindo 35 crianças, e 1,6 mil feridos nesta segunda-feira (23), segundo o Ministério da Saúde libanês.
Este seria o dia mais letal no Líbano desde que Israel e o Hezbollah entraram em guerra pela última vez em 2006.
Milhares de libaneses fugiram do sul do país, e a principal rodovia que sai da cidade portuária de Sidon ficou congestionada, com carros que se dirigiam a Beirute, no maior êxodo desde os combates de 2006.
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Os alvos dos bombardeios foram centenas de bases do grupo extremista Hezbollah onde eram guardados armamentos, de acordo com os militares israelenses. Os alvos estavam no sul do Líbano, no Vale do Beqaa, no leste do país, e na região norte, perto da Síria. Mais de 800 alvos do grupo xiita foram atacados, de acordo com militares israelenses.
“Estamos aprofundando nossos ataques no Líbano, as ações continuarão até atingirmos nosso objetivo de devolver os moradores do norte em segurança para suas casas”, disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, em vídeo.
Pouco antes da ofensiva, as Forças de Defesas de Israel tinham alertado a população civil para se afastar “imediatamente” de supostas posições e depósitos de armas do Hezbollah. Os moradores das áreas atacadas receberam mensagens de texto e de voz enviadas por Israel.
Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu para os libaneses deixarem suas casas.
“Levem este aviso com seriedade”, disse em mensagem gravada em vídeo divulgada enquanto aviões de guerra israelenses atacavam áreas do sul e do leste do Líbano.
“Por favor, saiam do caminho do perigo agora”, disse Netanyahu. “Quando nossa operação estiver concluída, vocês poderão voltar em segurança para suas casas”, completou.