EUA define 30 dias para Israel melhorar ajuda humanitária a Gaza

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Situação da regiào de Rafah, que está sob ataque israelense/Arquivo/Reprodução vídeo
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O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, ressaltou que a carta “não tem a intenção de soar como uma ameaça”

Por Misto Brasil – DF

A Casa Branca alertou Israel que os Estados Unidos (EUA) poderão impor restrições ao envio de ajuda militar, se não houver uma melhora significativa na situação humanitária na Faixa de Gaza dentro de um prazo de 30 dias.

Em carta enviada no último domingo, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, “deixaram claro ao governo de Israel que há mudanças que precisam ser feitas para garantir que o nível de assistência que chega a Gaza melhore dos níveis muito, muito baixos em que está hoje”, segundo afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

A carta esclarece que a lei americana exige que “os destinatários da assistência militar dos EUA não neguem ou impeçam arbitrariamente o fornecimento de assistência humanitária dos EUA”.

“Nossa esperança é que Israel faça as mudanças que elicitamos e recomendamos, e que, como resultado dessas mudanças, haja um aumento dramático na assistência humanitária“, afirmou Miller.

O documento menciona as restrições impostas por Israel ao território, inclusive sobre as importações comerciais, assim como a proibição à maior parte do movimento de ajuda humanitária entre o norte e o sul de Gaza e as “onerosas e excessivas” restrições sobre quais itens podem ou não entrar no enclave.

Trata-se do alerta mais grave dado por Washington a Tel Aviv desde o início da guerra entre Israel e a organização terrorista Hamas, há um ano, que gerou uma grave crise humanitária no enclave palestino.

O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, ressaltou que a carta “não tem a intenção de soar como uma ameaça“, mas reiterou a urgência da ampliação do acesso de ajuda á Gaza.

O documento endereçado ao ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, foi revelado nesta terça-feira (15) pelo portal de notícias Axios, apesar de o Departamento de Estado afirmar que a missiva era de caráter privado.

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