O corte que mais viu os preços subirem foi o acém, seguido da costela e o peito, segundo a pesquisa do IBGE
Por Misto Brasil – DF
No mês de outubro, o preço das carnes avançou 5,81%, segundo os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É o maior impacto da inflação de alimentos no mês passado, que subiu 1,06%.
Com isso, a carne registra altas pelo terceiro mês consecutivos, após seis meses de queda. Em 12 meses, o grupo já acumula uma inflação de 8,33%, observou a repórte Juliana Américo, do MoneyTimes.
A variação de outubro é maior na base mensal das carnes registrada desde novembro de 2020, quando o grupo viu os preços subirem 6,54%.
O corte que mais viu os preços subirem foi o acém (9,09%), seguido da costela (7,40%) e o peito (7,20%).
Vele destacar que nenhuma das carnes registrou queda no período, sendo que as que subiram menos foram a carne de carneiro (1,96%) e a de porco (1,64%).
O gerente da pesquisa de inflação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Almeida, destaca que o aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos.
Além disso, houve um aumento no volume de exportações.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) também aponta as estiagens e as queimadas que prejudicaram o pasto como o motivo que levou a uma inflação mais alta para as carnes.
“Os bois em confinamento não foram suficientes para manter o nível de oferta e os preços no varejo aumentaram”, diz o Dieese em relatório.