Na sexta-feira (15) o tema saiu das redes sociais para ganhar as ruas. Entidades empresariais são contra
Por Misto Brasil – DF
A discussão em torno do fim da escala 6×1 tomou as redes sociais nos últimos dias e avançou para o campo político e econômico.
O tema ganhou relevância a partir de um projeto de PEC, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSol-MG), que superou as 171 assinaturas necessárias para ser protocolado na Câmara dos Deputados.
Neste momento, segundo se informou na última quinta-feira, avançou a proposta teria 194 assinaturas de deputados.
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Na sexta-feira (15) o tema saiu das redes sociais para ganhar as ruas. Aconteceram pequenas manifestações populares a favor da PEC em São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Teresina e também em Brasília, entre a Rodoviária do Plano Piloto e o Conic.
Entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) se manifestaram contra a proposta, anotou o InfoMoney.
Alegam possíveis danos na economia. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, também criticou o projeto.
O projeto propõe alterar a Constituição Federal para reduzir a jornada de trabalho, com o fim da escala 6×1, na qual o funcionário trabalha seis dias na semana e folga um.
A proposta ainda pretende alterar o limite da carga horária semanal, de 44 para 36 horas, com jornada de quatro dias.
“Estamos felizes com a repercussão dentro da Câmara, com deputados nos procurando e assinando a nossa PEC, que é um texto para dar dignidade e qualidade de vida ao trabalhador brasileiro”, disse a deputada em coletiva à imprensa na noite de quarta-feira (13).
A principal preocupação alegada pelas entidades é com os setores de comércio, varejo e pequenas empresas, que seriam os mais afetados, já que costumam contratar pela escala.
Para Campos Neto, uma jornada menor pode aumentar o custo do trabalho e a informalidade, além de diminuir a produtividade.