A missão vai durar 60 dias e contará com 61 cientistas, sendo 27 brasileiros, de sete países: Argentina, Brasil, Chile, China, Índia, Peru e Rússia
Por Misto Brasil – DF
Começou sexta-feira (22) a Expedição Internacional de Circum-Navegação Costeira Antártica, ambiciosa missão científica que tentará se aproximar o máximo das geleiras.
O líder da expedição, Jefferson Cardia Simões, pesquisador do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, conta detalhes da missão.
Saindo nesta tarde de sexta-feira (22), do porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, a missão vai durar 60 dias e contará com 61 cientistas, sendo 27 brasileiros, de sete países: Argentina, Brasil, Chile, China, Índia, Peru e Rússia.
Os pesquisadores passarão o auge do verão circum-navegando a Antártica, percorrendo mais de 20 mil quilômetros, anotou a reportagem da Agência Sputnik.
Nesse tempo, os cientistas coletarão amostras ao longo de toda a costa do continente para estudos atmosféricos, geofísicos, glaciológicos e oceanográficos do gelo e neve antárticos e das águas e ares do entorno.
A expedição também realizará uma pesquisa inédita do comportamento das massas de gelo diante do aquecimento da atmosfera e do oceano, além de verificar os sinais de poluição no continente advindo da circulação oceânica.
“Olha, se tenta trabalhar o máximo possível nos dias de bom tempo”, afirma Cardia Simões à Sputnik Brasil. “Dias de mau tempo dificultam muito o trabalho.”
Nos dias normais, de boas condições, estão previstas 12 horas de trabalho em turnos de diferentes grupos, revela Cardia. “Principalmente porque há competição por equipamentos e tempo de amostragem.”
Circum-navegar a Antártica em si não é novidade. Missões do tipo são realizadas há mais de dois séculos. No entanto, cada vez mais tenta-se se aproximar da costa e esse será o pioneirismo da missão liderada pelo Brasil.
Participam da equipe brasileira pesquisadores de 11 universidades vinculadas ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a projetos de pesquisa do Programa Antártico Brasileiro (Proantar).
Em especial, a equipe de pesquisadores brasileiros realizará atividades em terra além de pesquisas a partir do navio. “O grupo de glaciologia da federal do Rio Grande do Sul vai desembarcar com helicópteros no meio da geleira.”