Moção para o impeachment do presidente da Coreia do Sul

Coreia do Sul presidente Yoon Suk-Yeol Misto Brasil
Yoon Suk-Yeol decretou lei marcuial e depois voltou atrás, mas deve ser empichado/Arquivo/X/Yoon Suk Yeol
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Deputados afirmaram que querem votar a proposta nesta sexta-feira ou no sábado, dentro do prazo legal de 72 horas para a tramitação deste tipo de iniciativa

Por Misto Brasil – DF

Seis partidos da oposição na Coreia do Sul apresentaram nesta quarta-feira (04) uma moção para iniciar um processo de impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, um dia depois de ele declarar lei marcial no país – para depois voltar atrás, pressionado pelo Parlamento e por protestos populares.

A principal sigla da oposição, o Partido Democrático (PD), e cinco outros partidos iniciaram assim o processo parlamentar que poderá levar à destituição do presidente sul-coreano, cujo partido governa em minoria.

“A declaração de lei marcial de Yoon é uma clara violação da Constituição”, disse o PD em uma resolução na qual destacou que o presidente não cumpriu nenhum dos requisitos para acionar esse mecanismo.

A apresentação da moção de destituição foi anunciada na Assembleia Nacional pelos 192 deputados dos seis partidos. Eles afirmaram que querem votar a proposta nesta sexta-feira ou no sábado, dentro do prazo legal de 72 horas para a tramitação deste tipo de iniciativa.

Para que a proposta seja aprovada, é necessário o apoio de pelo menos 200 dos 300 legisladores que compõem o Parlamento da Coreia do Sul. O PD e outras forças tinham obtido 190 votos na véspera para revogar a lei marcial, dessa maneira ainda precisam dez votos para afastar Yoon.

O Partido do Poder Popular, do próprio Yoon, criticou a decisão de aplicar a lei marcial, com o líder do partido, Han Dong-hoon, prometendo trabalhar para “acabar com ela juntamente com o povo”, tendo alguns dos seus deputados votado a favor da revogação.

Se a moção for aprovada, Yoon Suk Yeol será destituído das funções até que o Tribunal Constitucional delibere, durante um período máximo de 180 dias, sobre uma eventual violação da Constituição, informou a DW.

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