Primeiras decisões de Trump envolve emergência na fronteira

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Donald Trum com a esposa durante a campanha eleitoral/Arquivo/Reprodução/Rede social
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Em relação com a América Latina e o Brasil, o presidente disse que os EUA não precisam deles,  eles dos EUA

Por Misto Brasil – DF

O presidente dos EUA, Donald Trump, tomou posse nesta segunda-feira (20) em Washington, iniciando seu segundo mandato na Casa Branca e se tornando o 47º presidente dos Estados Unidos.

Trump assume o comando do país com um discurso radical de revisão de decisões importantes tomadas por seu antecessor, Joe Biden, e de remodelação das instituições, com os republicanos tendo o controle sobre as duas câmaras do Congresso.

Leia – Trump assume e declara emergência nacional energetica

Questinado em entrevista coletiva sobre o que esperar de sua relação com a América Latina e o Brasil, Trump afirmou que seu país não precisa deles e que eles, por outro lado, precisam dos EUA.

Entre as decisões que marcaram seu primeiro dia no cargo, Trump determinou a retirada dos EUA do Acordo Climático de Paris, como anunciado em campanha, e da OMS (Organização Mundial da Saúde).

As primeiras medidas foram anunciadas durante o evento de posse, que reuniu cerca de 20 mil apoiadores no ginásio Capital One Arena, em Washington, como o perdão às pessoas que invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021, a quem de referiu como “reféns”.

Mais tarde, o presidente assinou decreto que anistia cerca de 1.600 réus envolvidos no caso.

Um dos temas mais presentes no dia foi imigração. Trump declarou estado de emergência nacional na fronteira com o México, medida que, segundo a imprensa americana, autoriza o envio de tropas das Forças Armadas para reforçar a segurança fronteiriça e intensificar deportações.

O republicano também aprovou a liberação de mais recursos federais à construção do muro na fronteira, uma das promessas centrais de sua campanha. “Estamos colocando a segurança dos cidadãos americanos acima de tudo”, afirmou Trump durante o evento.

Em relação ao conflito no Oriente Médio, Trump anulou sanções impostas pelo governo Biden aos colonos israelenses na Cisjordânia, uma decisão elogiada pelo governo de Binyamin Netanyahu, mas condenada por líderes palestinos.

Em outro gesto controverso, o presidente revogou a retirada de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo, atraindo críticas do líder cubano Miguel Díaz-Canel, que chamou a decisão de “arrogante e desrespeitosa”.

Na esfera doméstica, Trump assinou uma ordem que determina o fim do home office para servidores federais, decisão alinhada ao seu discurso de busca por maior eficiência administrativa. Como parte dessas iniciativas, ele criou um novo cargo para o bilionário Elon Musk, que chefiará o Departamento de Eficiência Governamental.

Também foi decretado o reconhecimento oficial de apenas dois gêneros — masculino e feminino — pelo governo federal, medida amplamente criticada por entidades de direitos civis.

Outra medida anunciada por Trumo em sua estreia foi um adiamento de 75 dias na implementação da lei que determina a venda do controle da rede social TikTok a uma empresa americana. Pela lei aprovada pelo Congresso americano, a empresa controladora da plataforma, a chinesa ByteDance, teria até o último domingo para se enquadrar à exigência.

O republicano assinou a rescisão de 78 ações executivas, ordens executivas, memorandos presidenciais e outros do governo Biden e um congelamento regulatório, para “impedir burocratas de emitir mais regulamentações” até que o novo governo tenha controle total da administração do país, segundo anunciou um de seus assistentes.

Uma das ordens também prevê o congelamento de todas as contratações federais com a exceção dos militares “até que o controle total do governo seja alcançado e entendamos os objetivos do governo daqui para frente.”

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