Entre ontem (29) e hoje, centenas de mercenários brancos, que lutaram pelas forças do Congo, rendem-se a Ruanda após o ataque do M23
Por Pedro Peduzzi – DF
Diversas representações diplomáticas estrangeiras – dentre elas a Embaixada do Brasil – foram atacadas na capital da República Democrática do Congo (RDC), Kinshasa.
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Em nota divulgada na noite dessa terça-feira (28), o Itamaraty manifestou “grave preocupação” com os ataques e informou que os funcionários da embaixada brasileira estão bem.
Entre ontem (29) e hoje, centenas de mercenários brancos, que lutaram pelas forças do Congo, rendem-se a Ruanda após o ataque do M23. Eles serão expulsos do país e deportados de volta para casa.
Esta tarde, a Força de Defesa de Ruanda (RDF) recebeu e escoltou mais de 280 mercenários romenos que estavam lutando ao lado das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) na parte oriental da RDC.
Esses mercenários se renderam ao M23 após a captura da cidade estratégica de Goma. Eles agora estão sendo transportados para Kigali.
A nota do governo brasileiro
Na nota, a diplomacia brasileira cita o “princípio básico da inviolabilidade das missões diplomáticas e a obrigação ativa de o país anfitrião garantir proteção ao pessoal da missão e a suas instalações”.
Na sequência, reitera confiança de que o governo congolês se empenhará para controlar a situação.
Segundo o Itamaraty, a bandeira brasileira foi retirada e levada pela multidão, durante o ataque à representação diplomática.
Em outra nota, publicada mais cedo, o governo brasileiro já havia manifestado preocupação com o recrudescimento da violência no leste da RDC, principalmente na cidade de Goma, e com os ataques registrados naquele país contra tropas de missão da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, que teriam resultado na morte de 13 de seus integrantes.
A nota lembra que o Brasil é contribuinte tradicional da missão que, atualmente, conta com a participação de 22 militares.