Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia aponta que há na região uma alta incidência de informalidade, apesar do crescimento
Por Misto Brasil – DF
A região Nordeste cresceu 5,5% em um ano, no no período de outubro de 2023 a outubro de 2024. O estudo foi baseado em dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas, relativos ao Índice de Atividade Econômica do Banco Central.
O crescimento do setor de serviços e o aumento do consumo e da renda foram os responsáveis pelo dinamismo da economia nordestina.
Nos últimos 10 anos o déficit do comércio exterior foi reduzido de R$ 10 para R$ 3 bilhões e houve um crescimento nas exportações regionais, informou o coordenador-geral de Estudos e Pesquisas, Avaliação, Tecnologia e Inovação da Sudene, José Farias.
“No entanto, ainda é tímida a diversificação da pauta, concentrada nos maiores Estados – Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão”.
Entre as soluções apresentadas para reverter esse cenário, estão a adesão às iniciativas da Nova Indústria Brasil e o adensamento das cadeias produtivas regionais com atenção para os estados menores, além de ampliar as exportações regionais.
José farias observou que o Nordeste registra uma alta incidência de informalidade – apenas 26% das pessoas têm carteira assinada, enquanto a renda média é 1/3 menor que a nacional.
“Embora alguns estados tenham crescido mais de 10% em 2024”.
Apenas 9% dos empregos regionais estão na indústria e, “olhando de outra forma, temos muito espaço para crescer e até retomar o passado recente”, afirma Farias. O coordenador sugere que “os recursos do BNB, BDNES e Sudene sejam ampliados para fazer frente à proposta da nova industrialização do Nordeste”.