Dólar à vista encerrou a semana perdendo força

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O valor do dólar tem variações muito altas que coloca em cheque a política cambial/Arquivo/Agência Brasil
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O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. Na semana, a divisa acumulou baixa de 1,39%. No mês, o dólar se desvalorizou 5,56%

Por Misto Brasil – DF

O dólar à vista encerrou a semana e o mês de janeiro perdendo força em relação à moeda brasileira.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,8366 (-0,28%) — a 10ª queda consecutiva de baixas.

O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. Às 17 horas (horário de Brasília), o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, registrava alta de 0,61%, aos 108.405 pontos, informou o MoneyTimes.

Na semana, a divisa acumulou baixa de 1,39%. No mês, o dólar se desvalorizou 5,56% — a maior queda mensal desde junho de 2023, quando recuou 5,60%.

O dólar continuou a perder força ante o real com a entrada de fluxo estrangeiro e em reação aos dados econômicos locais.

Entre eles, a taxa de desemprego ficou em 6,2% no trimestre até dezembro, de 6,4% nos três meses até setembro. O dado ficou ligeiramente acima do esperado — os economistas consultados pela Reuters previam a taxa em 6,1%.

Com o resultado, a taxa média anual foi de 6,6% em 2024, de 7,8% em 2023, marcando o resultado anual mais baixo da série histórica iniciada em 2012.

Os investidores também seguiram repercutindo as declarações do presidente Lula da Silva da véspera. Entre os destaques, ele reafirmou o compromisso com a responsabilidade fiscal do país e um ‘tom mais brando’ em relação ao Banco Central.

O exterior, porém, limitou a desvalorização do dólar. Nos Estados Unidos, o mercado também reagiu a dados econômicos.

O índice de preços (PCE) do país subiu 0,3% em dezembro, segundo o Bureau of Economic Analysis (BEA). Em um ano, o PCE foi a 2,6% — acima da meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve (Fed). Os números vieram em linha com o esperado.

Além disso, a Casa Branca confirmou que os Estados Unidos vão impor tarifas de 25% sobre os produtos mexicanos e canadenses a partir deste sábado (1º).

A China também será taxada em 10%. Ontem (30), o presidente Donald Trump também ameaçou os países membros do Brics, que inclui o Brasil, de tarifas de 100%, caso os países substituam o dólar como moeda de reserva e comércio.

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