A pesquisa revelou que mais da metade dos participantes (54%) afirmou já ter visto notícias falsas nas plataformas da Meta
Por Misto Brasil – DF
A grande maioria dos entrevistados brasileiros (87%) diz que deveria ser um requisito legal para a Meta ‘remover conteúdo, desativar contas e trabalhar com as autoridades policiais quando eles acreditam que há um risco real de danos físicos ou ameaças diretas à segurança pública.’
A Meta é a corporação multinacional big tech que controla as redes sociais do WhatsApp, Facebook e Instagram. O levantamento foi realizado pela a Sherlock Communications.
A pesquisa revelou que mais da metade dos participantes (54%) afirmou já ter visto notícias falsas nas plataformas da Meta e cerca de um terço (29%) chegou a acreditar no conteúdo antes de descobrir que se tratava de desinformação.
Quase metade (46%) dos usuários brasileiros afirmam que evitam interagir, comentar, compartilhar e curtir postagens que contenham conteúdo falso; 35% reportam o post para os moderadores da plataforma, e 15% adicionam comentários públicos alertando que o conteúdo é falso.
Para checagem dos fatos, 57% recorrem a buscas na internet, enquanto 53% consultam veículos de notícias confiáveis.
E 33% leem os comentários para avaliar a veracidade da postagem. A mesma porcentagem busca informações em outras redes sociais, e 9% utilizam ferramentas de inteligência artificial como o ChatGPT para pesquisa.
Fora do ecossistema da Meta, os aplicativos mais utilizados pelos brasileiros são YouTube (91%), TikTok (60%) e Telegram (48%). Entre as plataformas da Meta, o WhatsApp é o app mais utilizado, com 80% dos usuários acessando menos uma vez por hora, seguido do Instagram (54%) e do Facebook (27%) na mesma frequência.
“A decisão da Meta em encerrar a verificação de fatos nos EUA não seria tão popular com seus usuários na América Latina. As grandes companhias de tecnologia devem estar cientes de como a introdução de mudanças como essa afetam suas reputações na América Latina”, avalia o sócio-gerente da Sherlock Communications, Patrick O’Neill.
A pesquisa foi conduzida pela Broadminded, a unidade de pesquisa da Sherlock Communications, e leva em conta a resposta anônima de 3222 pessoas na América Latina, sendo da Argentina (455), Brasil (635), Chile (411), Colômbia (428), Peru (658) e México (635), obtidas em janeiro de 2025 por meio de um questionário online.