A maior parte dos recursos necessários está voltada para ações de drenagem, de acordo com informações divulgadas hoje na Sudene
Por Misto Brasil – DF
O Nordeste precisa captar R$ 274 bilhões para viabilizar a universalização dos serviços, a melhoria dos sistemas e outras intervenções para o abastecimento de água.
O valor foi divulgado hoje (21), durante a reunião do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff), na sede da Sudene.
De acordo com os dados divulgados, a maior parte dos recursos necessários está voltada para ações de drenagem, que somam R$ 96,97 bilhões.
Depois vem o esgotamento sanitário (R$ 85,59 bilhões), abastecimento de água (R$ 69,55 bilhões) e coleta e tratamento de resíduos sólidos urbanos (R$ 22,07 bilhões).
Esses números foram detalhados pelo secretário executivo da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), Sérgio Antônio Gonçalves.
“Os desafios no Nordeste são ainda mais complexos, demandando soluções de engenharia que considerem a geografia do semiárido e outras especificidades dos estados da região”.
“Além disso, é necessário reduzir os prazos de análise de projetos pelos agentes financeiros, estabelecer juros mais competitivos e adequar as taxas às diferentes situações econômicas e sociais dos contribuintes”.
O presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), Roberto Linhares, reforçou os altos custos de manutenção dos sistemas devido às peculiaridades geográficas da Região.
O presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Alex Campos, ressaltou a necessidade de superar os entraves burocráticos para viabilizar investimentos, fortalecer a capacidade de decisão e explorar novas oportunidades de negócios no setor.
O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, ressaltou a relevância do saneamento como motor de desenvolvimento econômico e social.
“Temos um conjunto de desafios na Região para alcançar as metas do Plano Nacional de Saneamento Básico até 2033.