Como consequência do alívio tarifário, as moedas de países emergentes ainda eram beneficiadas por preços de commodities mais altos
Por Misto Brasil – DF
A desvalorização do dólar foi puxada pelo alívio tarifário sobre os produtos eletrônicos anunciado no fim da semana passada.
O Ibovespa conseguiu a segunda vitória seguida acima de 1% e chegou perto dos 130 mil, com alta de 1,39%, aos 129.453,91 pontos, um ganho de 1.771,51 pontos. Na máxima, chegou a 129.955,35 pontos.
O dólar comercial caiu 0,34%, a R$ 5,851, ainda de olho na incerteza internacional. E os DIs (juros futuros) tiveram mais um dia de recuos por toda a curva, o que é mais motivo para alegria.
Na noite da última sexta-feira (11), a Alfândega e Proteção das Fronteiras dos EUA anunciou a isenção de smartphones, computadores e outros eletrônicos das tarifas recíprocas, com efeito retroativo a partir de 5 de abril.
Com a decisão, os produtos ficaram de fora das tarifas de 145% impostas à China, que é o principal polo de produção de eletrônicos como o iPhone, e da taxa adicional de 10% aplicada à maioria dos países.
O recuo, porém, deve ser temporário. Ontem (13), o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que a ‘pausa’ tarifária pode ser temporária. Segundo ele, os produtos sujeitos a taxas separadas, junto com semicondutores — que serão anunciadas em até dois meses.
Como consequência do alívio tarifário, as moedas de países emergentes ainda eram beneficiadas por preços de commodities mais altos, em reflexo das isenções e de dados positivos sobre a economia chinesa.
O minério de ferro, por exemplo, fechou com avanço 0,28%, a 706 yuans (US$ 96,80) a tonelada na Bolsa de Dalian, na China.
O contrato mais líquido do petróleo Brent, referência para o mercado mundial, com vencimento em junho, subiu 0,19%, a US$ 64,88 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.