Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade informou que futuros encaminhamentos serão discutidos
Por Misto Brasil – DF
A onça-pintada que atacou e matou um gaseiro no Mato Grosso do Sul está no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande.
O animal foi capturado na quinta-feira (24), na região de mata Touro Morto, em Mato Grosso do Sul, três dias após atacar o caseiro José Avalo, de 60 anos.
O felino deve ser transferido para um recinto, definitivo ou provisório, ainda de acordo com o governo.
O destino do animal deve ser decidido no plano do programa que busca conservar a espécie em todos os biomas brasileiros.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que futuros encaminhamentos serão discutidos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
“O animal deverá ser destinado a uma instituição mantenedora de fauna apta a recebê-lo e será incorporado ao Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada, coordenado pelo ICMBio”, afirma a nota.
Segundo o último boletim veterinário, divulgado pelo governo do estado, segundo a CNN, o animal passou por exames e está em acompanhamento veterinário 24 horas, devido desidratação, perda de peso, e alterações hepáticas, renais e gastrointestinais.
O caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, foi atacado e morto na região de mata de Touro Morto (MS), a cerca de 230 km de Campo Grande. Ele foi morto na segunda-feira (21) e seu corpo foi localizado nesta terça (22).
Jorge foi atacado enquanto tentava coletar mel em um deck próximo da mata. Moradores da região relatam que o ataque foi repentino e que um homem que localizou a vítima encontrou marcas de sangue e vestígios da presença do animal.
Os restos mortais da vítima foram encontrados seguindo as trilhas deixadas pelo animal na mata. O corpo era arrastado pela onça por mais de 50 metros quando os agentes chegaram ao local.
A mídia divulgou que o felino só teria recuado após se assustar com disparos de arma. O caso permanece sob investigação e, segundo as autoridades, são consideradas hipóteses como escassez de alimento, comportamento defensivo, período reprodutivo do animal ou alguma atitude involuntária da vítima para a motivação do ataque.