A encenação da Sexta-feira da Paixão tem a participação de 1,1 mil atores a partir das 15 horas em Planaltina
Por Victor Fuzeira – DF
Planaltina já respira o clima de fé e emoção que toma conta da cidade todos os anos durante a Semana Santa. Os preparativos para a tradicional encenação da morte e ressurreição de Jesus Cristo no Morro da Capelinha seguem em ritmo acelerado.
Considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal desde 2008 e parte do calendário oficial de eventos da capital federal desde 1986, o espetáculo chega à 52ª edição com um público estimado entre 100 e 150 mil pessoas.
O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, fala sobre a importância pessoal e simbólica da tradição, que acompanha sua trajetória de vida.
“A Via-Sacra do Morro da Capelinha é parte da minha história, da minha fé e da minha formação como cidadão e artista”.
A programação começou ainda na quinta-feira (17), quando os católicos comemoram a Quinta-feira Santa, com a celebração do Lava-pés e da Última Ceia de Jesus com seus apóstolos — momento que marca o início do Tríduo Pascal. A expectativa é de 10 mil pessoas presentes apenas nesta noite.
“Montamos os cenários para a grande encenação da Sexta-feira da Paixão com muito carinho, especialmente neste ano jubilar. Ainda dá tempo de se programar. Teremos ônibus gratuitos saindo da rodoviária para o morro”, convida Preto Rezende, coordenador-geral do grupo Via Sacra Ao Vivo.
O ponto alto da programação, será nesta sexta, quando a encenação sai do centro de Planaltina e sobe os cerca de quatro quilômetros que levam até o Morro da Capelinha. Às 15 horas, o Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, preside a celebração da Cruz.
Em seguida, às 16h, tem início o espetáculo principal, que durante quatro horas levará o público pelas 14 estações da Via Sacra — em um trajeto de 800 metros que retrata o julgamento, a prisão, a crucificação, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.
O ator Júnior Ribeiro, de 31 anos, se prepara para dar vida a Judas Iscariotes.
“Nos preparamos durante 40 dias ininterruptos. Estamos muito ansiosos para mostrar ao público tudo que preparamos com carinho. São 1,1 mil atores em cena, uma apresentação grandiosa. É uma honra fazer parte de algo que é patrimônio imaterial do DF”.
(Victor Fuzeira trabalha na Agência Brasília)