O continente africano já tinha uma tarifa imposta pelos EUA de 10% antes das iniciativas trumpistas
Por Misto Brasil – DF
As tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano Donald Trump estremeceram o cenário internacional. Contra países africanos, as taxas alfandegárias chegaram a até 50%. O que explica a mão pesada dos EUA contra a África?
Trump iniciou os discursos quando começava a pulverizar o assunto sobre aumentos de tarifas justificando a ação em defesa da indústria americana, aumento da receita do país e ponto de enfrentamento à China.
Entretanto, os motivos, ao passar do tempo, foram ficando cada vez menos claros e países da África sofreram com imposições pesadas de até 50%, como o caso do Lesoto.
O continente africano já tinha uma tarifa imposta pelos EUA de 10% antes das iniciativas trumpistas, relembra Daiane Rodrigues dos Santos, professora do Departamento de Análise Econômica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
“O Trump não está pontualmente avaliando país a país, região a região. O próprio movimento dele é em prol dos americanos.
Ele não está muito preocupado com o real impacto que essa decisão vai ter em outras economias, principalmente na economia africana”, acredita a especialista.
No início do ano, o ministro de Recursos Minerais e Petrolíferos da África do Sul, Gwede Mantashe, afirmou, em uma conferência sobre mineração, na Cidade do Cabo, que os Estados africanos não deviam temer as represálias da Casa Branca.
Para Renan Silva, professor do Ibmec Brasília e gestor da Bluemetrix Asset, as tarifas expressivas destinadas ao continente africano são uma resposta dos EUA aos parceiros chineses, relata a Agência Sputnik.