E quem será o próximo papa?

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Cardeais têm feito reuniões diárias após a morte do papa Francisco/Reprodução vídeo
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Quando Francisco ainda estava vivo, a discussão sobre candidatos ou favoritos para sucedê-lo fazia parte das conversas à mesa romana

Por Misto Brasil – DF

Em muitas entrevistas com especialistas em política interna do Vaticano após a morte do papa Francisco, a pergunta surge repetidamente: “E quem será o próximo?” Três nomes estão sendo citados com mais frequência. Veja logo abaixo.

Mas, mesmo quando Francisco ainda estava vivo, a discussão sobre candidatos ou favoritos para sucedê-lo fazia parte das conversas à mesa romana.

Entretanto, não há candidatos no verdadeiro sentido da palavra quando se trata de eleger um futuro papa na Igreja Católica, observa a Agência DW.

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No filme Conclave (2024), extremamente realista em muitos detalhes, os espectadores puderam observar que não há uma lista de nomes e nenhum candidato anunciado em voz alta antes do primeiro turno de votação. Cada um escreve um nome na sua cédula e o coloca na urna. Somente gradualmente fica claro quem é mencionado com mais frequência e, portanto, se torna o favorito.

Em dezembro, o cardeal de Munique Reinhard Marx elogiou o filme como “digno de um Oscar” e o classificou como bem feito, afirmando que, se um conclave durasse mais e surgissem dificuldades, ele poderia imaginar que discussões mais intensas poderiam surgir, semelhantes às do filme.

Uma coisa é clara: o futuro papa provavelmente virá do círculo de participantes do Conclave. Isso acontece há muitos séculos. Também está claro que os dois últimos pontificados duraram oito anos (papa Bento 16) e 12 anos (papa Francisco).

Um mandato de cerca de 10 anos parece ser visto como apropriado para moldar a Igreja, mas ao mesmo tempo permitir uma variedade de correntes em sequência. Isso pode sugerir que um candidato com cerca de 70 anos de idade seja mais viável. E mais uma coisa: todo eleitor papal sabe o quanto é importante poder se comunicar em vários idiomas, especialmente o italiano.

Três promissores candidatos italianos

Desde 1978, nenhum italiano esteve à frente da Igreja Católica. Isso já foi notado de forma melancólica e crítica na mídia italiana após os conclaves de 2005 e 2013.

Por isso, o antigo número 2 do Vaticano, o cardeal da Cúria Pietro Parolin, 70 anos, tem sido um dos mais citados e também o favorito nas casas de apostas. Um diplomata excepcional do Vaticano, com uma voz calma e, ocasionalmente, um humor tranquilo. Parolin vem do rico norte da Itália – como a maioria dos papas italianos dos últimos 250 anos.

O titular do Patriarcado Latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, 60 anos, também vem do norte da Itália. Mas o franciscano vive em Jerusalém há 25 anos e conquistou uma reputação excepcional, principalmente desde 7 de outubro de 2023, após o ataque terrorista do Hamas a Israel. Ele chegou a se oferecer como refém em troca de israelenses sequestrados.

O terceiro italiano na loteria dos favoritos é o arcebispo de Bolonha, cardeal Matteo Maria Zuppi, 69 anos, que atualmente também preside a Conferência Episcopal Italiana. Zuppi é muito ativo social e politicamente e tem presença na mídia na Itália. Todos os três, Parolin, Pizzaballa e Zuppi, também abraçavam o curso adotado pelo falecido papa Francisco.

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