Lula da Silva chegou em Moscou falando em defesa do multilateralismo. Rússia fede aos democratas e hoje parece tão fascista como o fascismo que combateu
Por Genésio Araújo Júnior – DF
Países não têm amigos. Países têm interesses. Ninguém sabe quem é o autor dessa frase, mas Charles de Gaulle, presidente francês que criou a quinta república, foi um dos mais importantes a usá-la.
O presidente Lula da Silva chegou ontem (07) em Moscou, será o único líder de uma grande democracia a participar da festa de 80 anos do dia da vitória, quando da rendição dos nazistas aos russos.
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Lula da Silva chegou lá falando em defesa do multilateralismo. Moscou fede aos democratas e hoje parece tão fascista como o fascismo que combateu.
Os bolsonaristas não podem falar nada de Lula, pois Jair Bolsonaro visitou a Rússia quando todos começavam a falar mal dela, pouco antes da invasão da Ucrânia, e se negou a condenar Vladimir Putin.
Donald Trump, que não vai à festa, é visto como uma “tchutchuca” de Vladimir Putin, e se afastou de amigos célebres dos Estados Unidos, como Europa, México e Canadá, face a seus novos interesses.
Joe Biden chegou a visitar o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, aquele que mandou cortar em pedaços um jornalista do Washington Post, porque queria baixar a gasolina e inflação nos Estados Unidos.
Lula da Silva, depois de visitar a Rússia, também irá à China. Ele pouco se importa com a Ucrânia, assim como os Estados Unidos, infelizmente. Francisco, o papa da tolerância, falava sobre quem atirava a primeira pedra.