Operação para desarticular fraudes na plataforma Gov.br

Polícia Federal PF sede Misto Brasília
Sede da Polícia Federal em Brasília, no início da Asa Norte/Arquivo/Agência Brasil
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Nesta terça-feira estão em andamento cinco operações pela Polícia Federal. Uma delas acontece no Amapá, também em São Paulo e outros estados

Por Misto Brasil – DF

A Polícia Federal deflagrou hoje cinco operações que têm alvos diversos em todo o país. Uma delas é a “Face Off” para desarticular uma associação criminosa especializada em fraudar contas digitais vinculadas à plataforma Gov.br

Os criminosos, segundo a PF, utilizam técnicas avançadas de alteração facial para burlar sistemas de autenticação biométrica.

As investigações revelaram que os criminosos simulavam traços faciais de terceiros para obter acesso indevido às contas digitais das vítimas, assumindo o controle total dos perfis e, consequentemente, de serviços públicos e informações pessoais sensíveis.

Estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Brasília, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins.

A quinta fase da Operação Sisamnes deve aprofundar a investigação em relação aos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, mercado de câmbio clandestino, evasão de divisas e organização criminosa.

As investigações da Polícia Federal identificaram uma rede financeira-empresarial de lavagem de dinheiro, criada para dissimular a origem ilícita das supostas “propinas” lançadas para a compra de decisões judiciais proferidas no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, de modo a romper a vinculação direta entre o agente corruptor e o servidor público corrompido.

O Supremo Tribunal Federal autorizou 11 mandados busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores no montante aproximado de R$ 20 milhões e a proibição dos investigados de saírem do país, com a apreensão de seus passaportes.

A Operação Vinculum apura um suposto esquema de apropriação indevida de recursos públicos por meio da nomeação de servidores fantasmas em gabinetes parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (ALAP).

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, na Assembleia e na residência dos indivíduos, nos bairros Novo Buritizal e Pantanal.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AP), ainda ordenou o bloqueio de saldos em contas bancárias, aplicações financeiras e quaisquer outros ativos no valor de até R$ 1.400.000,00 (um milhão e quatrocentos mil reais) em nome dos investigados.

A ação é um desdobramento da Operação Pretium, deflagrada em março de 2023, na qual foram identificados indícios de práticas ilícitas de natureza eleitoral.

De acordo com as investigações, esses servidores “fantasmas” seriam obrigados a repassar parte dos vencimentos recebidos a parlamentares ou intermediários, que os utilizavam em gastos pessoais e campanhas eleitorais.

Também há uma operação para desarticular uma organização criminosa em São Paulo envolvida na produção e distribuição de entorpecentes a partir do composto químico nitazeno.

A substância tem alto risco de causar overdose. O nitazeno foi identificado pela primeira vez no Brasil em uma apreensão realizada pela própria Polícia Federal, o que deu origem à presente investigação.

A Polícia Federal cumpriu, nesta terça-feira (13), mandado de busca e apreensão domiciliar na cidade de Caraguatatuba, em São Paulo, no curso de investigação que apura a atuação de grupo criminoso especializado em aplicar golpes contra pensionistas com contas na Caixa Econômica Federal (CEF).

Os criminosos utilizavam documentos falsos para abrir novas contas bancárias em agências da CEF situadas em municípios distintos dos domicílios reais das vítimas.

No mesmo ato, era solicitado o redirecionamento do benefício previdenciário para a nova conta, permitindo o controle total dos valores recebidos pelos pensionistas.

Além da transferência do benefício, o grupo também contratava empréstimos consignados, utilizava cheque azul e acessava o crédito rotativo da conta.

Os valores obtidos eram transferidos via Pix para contas de terceiros que, mediante pagamento de comissão, atuavam como “laranjas” conscientes. Esses repassavam os recursos ao principal investigado, apontado como líder da organização.

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