A união entre as duas agremiações vai ter impacto nas articulações regionais e também no Distrito Federal
Por Gilmar Corrêa – DF
Avança rápido a negociação em torno da federação entre o MDB e o Republicanos e o acordo pode acontecer em junho, segundo informações de parlamentares dos dois partidos.
As conversações estão sendo conduzidas pelos presidentes do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), e do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP). Como nas demais federações, o objetivo é formar uma base parlamentar consistente nas eleições gerais de 2026.
Em março de 2022, Baleia Rossi tinha descartado uma federação com outros partidos. Ele chegou a divulgar uma nota negando essa possibilidade.
A união entre as duas agremiações vai ter impacto nas articulações regionais e também no Distrito Federal. Embora a meta seja ampliar o número de deputados da bancada, as negociações em curso podem influir também nas eleições majoritárias para o Senado e para o Palácio do Buriti.
Não é segredo que Marcos Pereira deseja um protagonismo do Republicanos nas majoritárias na capital federal. E nomes não faltam nessa estratégia. A senadora Damares Alves e o deputado federal Fred Linhares são as duas maiores estrelas que podem disputar o Executivo e uma vaga no Senado Federal.
Por enquanto, a ideia é que o Republicanos possa indicar o vice na chapa de Celina Leão (PP), até agora a provável candidatura do grupo que tem o PP, o MDB, o Republicanos e o PL como siglas mais importantes.
Em maio, Baleia Rossi e Marcos Pereira realizaram a primeira reunião e continuaram as conversações para resolver disputas regionais. Na Bahia, por exemplo, os dois partidos estão em lados opostos. O MDB apoia o governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) poderá se candidatar à Presidência da República, e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), poderá buscar a vaga no Palácio Bandeirantes.
Formada a federação, seria a terceira maior bancada na Câmara dos Deputados, com 87 parlamentares. No Senado, seriam 15 e o número de governadores passaria para cinco.
O União Brasil e o Progressistas confirmaram uma federação. Em nota, os partidos afirmam que “a aliança, costurada com muito diálogo e confiança, pretende ser uma bússola no centro da política, para impulsionar o Brasil ao rumo certo”.
A federação impulsionou a movimentação de outros partidos para criação de blocos, e a fusão do PSDB com o Podemos e o Republicanos e o MDB.
No caso do PSDB, a Executiva Nacional do partido autorizou a conversação com o Podemos. .
Se a fusão for aprovada, o PSDB deixará de existir, assim como o Podemos, que passarão a ser uma nova sigla com um novo nome.