Greve é parcial nas escolas do Distrito Federal

Escola sala de aula vazia DF Misto Brasília
A educação é um direito de todos os brasileiros de qualquer idade/Arquivo
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Sindicato dos Professores informou que mantém o movimento, apesar da multa diária de R$ 1 milhão imposta pela justiça

Por Misto Brasil – DF

As escolas da rede pública do Distrito Federal funcionaram parcialmente no primeiro dia de greve do magistério. Em muitas escolas, alguns professores repassaram tarefas aos alunos.

Levantamento divulgado no início da noite, a Secretaria da Fazenda informou que a greve atingiu totalmente 255 das 713 escolas públicas. Em 59% das unidades, o movimento é considerado parcial.

A Secretaria da Educação informou agora à noite que determinou o corte de ponto dos faltosos (veja o texto da secretaria logo abaixo). O Tribunal de Justiça negou o pedido do Sinpro-DF para suspender o corte de ponto.

Leia: antes de começar, greve é considerada ilegal

A categoria pede reajuste salarial, realização de concurso público e melhorias nas condições de trabalho. Enquanto a greve continuar, a multa diária definida pelo TJDF é de R$ 1 milhão por dia contra o Sindicato dos Professores, que divulgou que a greve será mantida até que a assembleia geral definir pelo fim do movimento.

Segundo uma nota publicada no sítio eletrônico do Sinpro-DF, a primeira assembleia desde a deflagração da greve acontece na quinta-feira (05), às 9 horas.

“Reunidos no estacionamento da Funarte, professores, professoras, orientadores e orientadoras educacionais definirão os rumos do movimento paredista”.

A mesma nota informa que desde o início do ano, o Sinpro vem buscando negociar a pauta de reivindicação da categoria com o governo local.

O sindicato publicou que em reunião no último dia 21 de maio, o GDF afirmou que não apresentará qualquer proposta aos mais de 30 mil profissionais que atuam diariamente para garantir o direito da população a um ensino de qualidade.

Nota da Secretaria da Educação sobre a greve

A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal informa que, além da decisão judicial que determinou a imediata suspensão da greve, autorizou o corte do ponto dos grevistas e fixou multa diária de R$ 1 milhão.

O Tribunal de Justiça do DF também indeferiu novo pedido do SINPRO-DF, que buscava impedir o corte do ponto. Com isso, todas as determinações anteriores permanecem em pleno vigor.

O sindicato foi oficialmente intimado a comunicar aos seus filiados o teor da decisão judicial. Caso o sindicato opte por manter o movimento grevista, estará assumindo, de forma autônoma, as responsabilidades legais decorrentes do descumprimento da ordem judicial.

A Secretaria reforça que a paralisação causa prejuízos significativos à educação pública, afetando mais de 450 mil estudantes da rede e comprometendo o calendário letivo. Além disso, poderá impactar diretamente os próprios professores, que terão de repor os dias parados — o que poderá afetar o recesso de julho e a organização pessoal e profissional de toda a categoria.

No primeiro dia de greve, apenas 255 das 713 unidades escolares da rede pública aderiram integralmente ao movimento. As demais unidades — cerca de 59% — funcionaram parcialmente, com uma média de 15% a 20% dos profissionais em paralisação.

A Pasta segue monitorando a situação e adotando as providências necessárias para assegurar a reposição dos dias letivos, conforme estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e os normativos internos da pasta.

O objetivo é garantir o cumprimento integral da carga horária mínima anual e a continuidade do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. A reorganização do calendário escolar poderá incluir ajustes no recesso escolar e em outras datas previamente estabelecidas, observando os prazos legais e os princípios da equidade e da qualidade na educação.

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