Apesar do movimento favorável, a moeda brasileira ainda encontra limitações impostas pelo cenário fiscal doméstico

Por Misto Brasil – DF

O Ibovespa iniciou o mês de junho no ‘vermelho’ e estendeu as perdas pela quarta sessão consecutiva com escalada da tensão comercial e as discussões sobre alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Nesta segunda-feira (2), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 136.786,65 pontos, com queda de  0,18%.

O dólar à vista encerrou as negociações a R$ 5,6757, com baixa de 0,77% ante o real.

Na análise sobre o mercado e o dólar hoje (02), Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, disse que o real se valoriza no pregão, acompanhando mais um dia de enfraquecimento global do dólar.

O índice DXY operou abaixo dos 99 pontos, em meio ao aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

A retomada do discurso protecionista por parte do governo norte-americano, com ameaças de elevação de tarifas sobre aço e alumínio, reflete uma sessão marcada pela aversão ao risco dos investidores direcionada principalmente aos rendimentos dos títulos do tesouro americanos e a fraqueza do dólar.

A valorização do petróleo, diante das incertezas geopolíticas entre Rússia e Ucrânia, também contribui para o fluxo positivo em direção a mercados emergentes, especialmente o real.

Apesar do movimento favorável, a moeda brasileira ainda encontra limitações impostas pelo cenário fiscal doméstico, segundo Bruno Shahini..

O impasse em torno do aumento do IOF, a ausência de medidas claras de contenção de gastos e o desconforto com o viés expansionista da política fiscal em ano pré-eleitoral mantém o risco Brasil em evidência.