A moeda brasileira foi pressionada pela “recalibragem” do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), apresentada na noite do último domingo
Por Misto Brasil – DF
O dólar engatou a terceira queda consecutiva ante o real com os investidores acompanhando novidades sobre as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. As medidas apresentadas pelo governo para compensar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) também movimentaram o câmbio.
Nesta segunda-feira (09), o dólar à vista encerrou as negociações a R$ 5,5625, com queda de 0,13% ante o real, no menor nível desde setembro de 2024.
O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17 horas (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,22%, aos 98,973 pontos.
O dólar iniciou a sessão em alta ante o real. A moeda brasileira foi pressionada pela “recalibragem” do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), apresentada na noite do último domingo (9).
Pela quarta sessão seguida, o Ibovespa fechou negativo, agora com menos 0,33%, aos 135.655,06 pontos, uma perda de 447,04 pontos. Nos últimos quatorze pregões, apenas quatro vitórias e mais de quatro mil pontos perdidos.
A causa da perda de hoje foi a novela IOF, após o encontro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com líderes do Congresso e os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre.
Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que chegou a um acordo com líderes do Congresso para “recalibrar” o decreto que aumentou o IOF no mês passado, ressaltando que a iniciativa será compensada por uma taxação de títulos atualmente isentos, com os LCIs e LCAs, e cobranças maiores sobre apostas online e instituições financeiras.
O governo deve apresentar a medida provisória (MP) ainda nesta semana. A expectativa é de que a MP seja divulgada nesta terça-feira (10).
Para a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, as medidas anunciadas por Haddad são “paliativas”. “Mais impostos vão cobrir o déficit em 2025 e parcialmente em 2026, mas não resolvem a trajetória que seguirá de deterioração sem reformas mais definitivas”, afirma.