Brasil/EUA: um bom início nas negociações

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Casa Branca é a sede administrativa e residência oficial dos Estados Unidos/Arquivo/iStok
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O Brasil trabalha para ao menos amenizar os efeitos das medidas do chamado tarifaço do governo de Donald Trump

Por André César – DF

Aparentemente, a primeira reunião entre representantes dos governos brasileiro e norte-americano teve saldo positivo. A conversa entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado, Marco Rubio, fluiu bem e abriu caminho para o aprofundamento dos debates.

Contribuiu para esse quadro o fato de ambos se conhecerem de outros carnavais – Vieira no posto de embaixador em Washington, Rubio na condição de senador.

Leia: Lula da Silva e Trump devem se encontrar em novembro

Evidentemente, no encontro foram abordadas questões genéricas. Agora virão as etapas mais delicadas, com o detalhamento das propostas de parte a parte. Problemas técnicos e políticos poderão ser levantados.

O Brasil trabalha para ao menos amenizar os efeitos das medidas do chamado tarifaço do governo de Donald Trump, e tem o que oferecer. Questões envolvendo o comércio de carne e café serão postas à mesa, bem como a liberação das (estratégicas) terras raras aos Estados Unidos, talvez a cereja do bolo das negociações.

Aqui, os norte-americanos querem conter os avanços da China em seus avanços no continente sul-americano.

Por falar em continente, há um sinal de alerta em todo o caso. Os recentes movimentos do governo republicano na costa venezuelana indicam que Trump está, por ora, mais interessado em enfraquecer ou até mesmo derrubar o autocrata Nicplás Maduro.

Um eventual conflito armado na região, com o envolvimento direto de um vizinho, seria um grande obstáculo para o Brasil – isso sem falar em um novo momento da crise humanitária enfrentada naquele país. A conferir.

De todo modo, a diplomacia brasileira fez um bom primeiro lance nesse complexo jogo de xadrez político. Sem essa abertura certamente o embate já estaria encerrado, com o Brasil a ver navios.

Enfim, crucial será o encontro entre o presidente Lula da Silva (PT) e Trump. Se presencial ou virtual, pouco importa. A questão é os dois líderes sentarem à mesa para discutir o tarifaço e possíveis soluções.

Uma última pergunta, ainda por responder: como fica o imbróglio das sanções aplicadas ao Brasil, em especial personalidades políticas? Esse ponto será também abordado, mas exige delicadeza e habilidade das autoridades. Será um aspecto crítico das negociações.

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