O avanço das plataformas de apostas no Brasil coincide com a digitalização acelerada do consumo esportivo
Por Misto Brasil – DF
Dados de relatórios setoriais e estimativas do IBGE indicam que a região Nordeste responde por mais de 30% do volume total de apostas esportivas online no país, impulsionada por um público jovem, digital e cada vez mais engajado com o esporte.
Bahia, Pernambuco e Ceará são os três estados que mais crescem nesse segmento, movimentando centenas de milhões de reais por mês e criando uma nova cadeia de negócios que vai de criadores de conteúdo a bares temáticos, startups e clubes de futebol locais.
O avanço das plataformas de apostas no Brasil coincide com a digitalização acelerada do consumo esportivo.
Em cidades como Salvador e Fortaleza, a presença de casas de apostas licenciadas, influenciadores especializados e eventos voltados ao público gamer e esportivo consolidam o Nordeste como um dos polos mais estratégicos do país.
De acordo com o relatório “Gaming in Brazil 2025”, o setor supera os R$ 12 bilhões em movimentação anual, com expectativa de crescimento de 35% ao ano até 2027.
Para o empresário e especialista Neto Lima, que comanda uma holding com atuação nos segmentos de entretenimento, tecnologia e apostas, a força cultural e o engajamento popular são diferenciais competitivos do Nordeste:
“O Nordeste sempre teve uma relação emocional com o futebol. O que mudou é que agora essa paixão se transformou em modelo de negócio”.
“Temos torcedores que entendem estatística, gestão de banca, e clubes que enxergam a aposta como parte do ecossistema de entretenimento”, explica Neto Lima.
Na Bahia, por exemplo, bares esportivos e arenas de transmissão estão atraindo investimentos privados e gerando empregos diretos e indiretos. Clubes regionais passaram a receber patrocínios de casas de apostas, aumentando a receita e profissionalizando departamentos de marketing e comunicação.
Segundo o economista e professor da UFBA, Ricardo Mendonça, o movimento traz efeitos positivos na economia local, especialmente em capitais que se consolidam como polos criativos.

