Precisamos falar sobre saúde mental

Pôr do Sol Esplanada dos Ministérios parapentes DF
A pandemia fez opressão sobre o psicológico de todas as pessoas/Arquivo
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Toda pessoa está sujeita a desenvolver algum tipo de problema relacionado à saúde mental

Texto de André César

Temos reforçado com insistência nesse espaço que os tempos atuais são duros, difíceis, ásperos. As notícias são as piores possíveis – pandemia, guerra, miséria e fome. Desesperança, em suma. A verdade é que a saúde mental ganha destaque e todos – todos, sem exceção – precisam se cuidar. O quadro, além de assustador, é delicado.



Aos dados. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o primeiro ano da pandemia da Covid-19 resultou em um aumento de 25% na incidência de casos de depressão e ansiedade em todo o planeta. Essa situação levou muitos países a buscarem reforçar, em seus sistemas de saúde, medidas de apoio psicossocial. Os resultados, no entanto, ainda são tímidos e muito mais precisa ser feito.

No caso específico da pandemia, o isolamento social, o medo de se infectar e a perda de entes queridos dominaram (e em larga medida continuam a dominar) a cena. Ainda de acordo com a OMS, baseada em estudo do Global Burden of Disease, os jovens e as mulheres foram os mais afetados. Cabe ressaltar, porém, que toda pessoa está sujeita a desenvolver algum tipo de problema relacionado à saúde mental. No limite, não há escapatória.



Cabe ressaltar que a Covid-19 aumentou muita a pressão sobre os sistemas de saúde, gerando dificuldades adicionais para o enfrentamento regular de outras doenças. O que já era difícil ficou ainda mais complicado. Especialistas na área recomendam aumento imediato e real nos investimentos no setor. A crise econômica global, no entanto, também consequência da pandemia, é um poderoso impeditivo.

Os sinais externos de que algo pode estar errado são claros e qualquer um pode avaliar. Problemas de sono, dificuldade de concentração, tensão e mau humor precisam ser monitorados. A busca de um especialista é essencial.



O escritor norte-americano Andrew Solomon, autor do seminal “Demônio do meio-dia: uma anatomia da depressão”, resume a situação à perfeição. Segundo ele, “vivemos uma subnotificação de problemas de saúde mental em escala catastrófica, e há consequências muito sérias”. Mais claro, impossível.

Enfim, a questão é real e não se pode simplesmente ignorar os fatos. Eles estão à espreita.

Todo cuidado é pouco. Aparecendo qualquer sinal de distúrbio, por menor que seja, busque um profissional da área. Antes que seja tarde.


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