Mais soldados ocorre após a guerra na Ucrânia, que hoje foi bombardeada pela artilharia russa
No ano marcado pela invasão russa em grande escala na Ucrânia, mais soldados entraram no serviço militar – não obrigatório – na Alemanha do que no ano anterior.
O número de recrutas aumentou em torno de 12% em 2022 em relação a 2021, tendo sido registrado o alistamento de 18.775 novos soldados e soldadas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Defesa alemão a pedido da agência alemã de notícias DPA.
Esse aumento, porém, ficou abaixo do nível registrado antes da pandemia de Covid-19. Em 2019, 20.170 mulheres e homens foram admitidos na Bundeswehr, informou a DW.
A proporção de mulheres (17%) esteve levemente acima da registrada antes da pandemia (15%) e a de menores de idade aumentou de 8,5% em 2019 para 9,4% em 2022.
O número de mulheres e menores que iniciaram seus períodos na Bundeswehr também é superior ao do ano anterior. O Ministério esclarece que os menores de 18 anos não realizam nenhum tipo de serviço que exigiria o manuseio de armamentos.
Além disso, somente são contratados jovens com mais de 17 anos que são rigidamente examinados e que sejam capazes de atingir os critérios da profissão de soldado.
Ataques mais intensos da Rússia contra a Ucrânia
A Rússia lançou intensos bombardeios em diferentes regiões da Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (09/03), matando ao menos nove pessoas e provocando quedas no fornecimento de eletricidade, com o desligamento da usina nuclear de Zaporíjia da rede elétrica do país.
Esse foi o maior ataque aéreo registrado no país desde meados de fevereiro. Os bombardeios interromperam o período mais prolongado de relativa calma, desde o início da campanha russa contra alvos da infraestrutura ucraniana, em outubro do ano passado.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, informou que dez regiões do país foram atingidas. Ele culpou os invasores russos por aterrorizarem a população civil. “É só o que conseguem fazer”, afirmou. “Eles não conseguirão evitar a responsabilização por tudo o que têm feito.”
Autoridades ucranianas informaram que os ataques atingiram a capital, Kiev, a cidade portuária de Odessa, no Mar negro, e a segunda maior cidade do país, Kharkiv, além de alvos a oeste do rio Dnipro e na região central da Ucrânia.